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Saúde

[Esclarecendo dúvidas] Variante Delta no estado do Rio de Janeiro

Aulas em 36 cidades do estado do Rio estão suspensas nesta semana.

Na última semana, a Secretaria de Estado de Saúde notificou o Departamento de Vigilância em Saúde sobre a identificação de dois casos da variante B.1.617.2 –  sub linhagem da B.1.617 (Indiana/Delta). Os dois casos são referentes a moradores do distrito da Posse, que tiveram sintomas no início de julho. Ambos exames foram coletados no município de Areal, que encaminhou o material e as notificações dos casos ao Estado.

Cabe lembrar que o sequenciamento genético que possibilita a identificação das variantes do novo coronavírus é feito exclusivamente pelo Estado, que é responsável pela notificação posterior aos municípios em caso de identificação de algum tipo de variante. O exame é feito por amostragem – com algumas amostras de cada município selecionadas – a partir dos materiais coletados de pacientes pelos municípios e enviados ao laboratório do Estado.

Após a notificação do Estado, a Divisão de Epidemiologia contactou os dois pacientes: um homem de 24 anos e uma mulher de 25 – ambos moradores da Posse. Os dois relataram que os primeiros sintomas foram sentidos no dia 1º de julho e no dia 5 ambos foram até o município de Areal fazer o teste. O caso do rapaz foi notificado ao Estado pela Secretaria de Saúde de Areal no dia 13 de julho e o da mulher, no dia 16 de julho.  Ambos informaram que cumpriram o isolamento social, não precisaram de internação, se recuperaram e passam bem.

O infectologista, José Henrique Castrioto, lembra que o surgimento de variantes é comum em um cenário de pandemia e destaca importância da vacinação para o controle da Covid-19.

“O surgimento de variantes é um fenômeno esperado em uma pandemia, ainda mais se tratando de um vírus com alta transmissibilidade, como o novo coronavírus. Desde o ano passado a ciência tem afirmado que a vacinação é o melhor instrumento para o controle da pandemia e também para conter o surgimento de novas variantes. Estou otimista quanto à vacinação. Aqui em Petrópolis ela tem caminhado bem. Os resultados disso já podem ser observados com a redução dos casos graves da doença. Por isso é fundamental que as pessoas se vacinem. Importante destaca que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa são boas e tem eficácia comprovada” afirma.

O especialista lembra ainda que a população deve manter as medidas sanitárias para evitar a proliferação do vírus. “Mesmo após a vacinação, até que boa parte da população esteja imunizada, ainda é preciso que as pessoas mantenham os cuidados, lavando bem as mãos com água e sabão ou usando álcool em gel quando isso não for possível. Ainda é preciso usar a máscara e evitar as aglomerações”, avalia o infectologista e penumologista José Henrique Castrioto.

De acordo com o boletim epidemiológico desta última segunda-feira (9), até agora foram realizados no município 182.802 testes para Covid-19, com 44.540 resultados positivos e 137.818 negativos (levando em consideração testes rápidos e Swab). Foram registrados 1.386 óbitos desde o início da pandemia. A taxa de ocupação de leitos para pacientes com Covid-19 no Sistema Único de Saúde está em 60% em leitos clínicos e 43,55% em UTIs. Levando em conta toda a rede de saúde da cidade, incluindo hospitais públicos e privados, são 100 pacientes internados, sendo 51 em UTIs e 49 em leitos clínicos.

Segundo a 42ª edição do Mapa de Risco da Covid-19 divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, o estado do Rio de Janeiro teve 21% de redução no número de óbitos provocados pelo vírus. As internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) caíram 25% na comparação entre as semanas epidemiológicas 29 (de 18 a 14 de julho) com a 27 (04 a 10 de julho) de 2021; e as taxas de ocupação de leitos no estado estão em patamares estáveis: 56% para leitos de UTI e 38% para leitos de enfermaria. Com os indicadores reduzidos, o estado segue – pela quarta semana consecutiva – com a classificação de bandeira amarela, ou seja, de baixo risco de contrair a doença.

Das nove regiões do estado, seis permanecem em bandeira amarela: Médio Paraíba, Serrana, Baixada Litorânea, Centro-Sul, Baía da Ilha Grande e Metropolitana II. As regiões Metropolitana I e a Noroeste regrediram para bandeira vermelha; e a Norte passou da amarela para laranja.

Cada bandeira representa um nível de risco e um conjunto de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).

Os resultados apurados para os indicadores apresentados devem auxiliar a tomada de decisão, além de informar a necessidade de adoção de medidas restritivas, conforme o nível de risco de cada região.

Variante Delta suspende aulas em 36 cidades do estado do Rio

As aulas presenciais da rede estadual do Rio de Janeiro estão suspensas em 36 municípios, pelo menos até a próxima sexta-feira (13). O avanço da variante Delta do novo coronavírus no estado provocou a decisão da Secretaria de  Educação. 

Esses municípios estão localizados nas regiões Metropolitana I e Noroeste do estado. Conforme a 42ª edição do Mapa de Risco da Covid-19, essas áreas passaram para bandeira vermelha, que significa risco alto de contaminação pela doença.

Segundo resolução da secretaria, publicada em 23 de abril, que estabeleceu protocolos e orientações complementares para o atendimento nas unidades escolares públicas e privadas do sistema estadual de ensino, “em caso de bandeiras vermelha e roxa as unidades escolares da rede pública estadual funcionarão apenas para atividades administrativas, como a retirada de material pedagógico e do kit alimentação, além de entrega de documentos e matrícula de alunos. As aulas, nesses casos, acontecerão somente de forma remota”.

As 36 cidades onde estão suspensas as aulas presenciais são Aperibé, Belford Roxo, Bom Jesus de Itabapoana, Cambuci, Carapebus, Cardoso Moreira, Cordeiro, Duas Barras, Duque de Caxias, Iguaba Grande, Italva, Itaocara, Itaperuna, Japeri, Laje do Muriaé, Mesquita, Miracema, Natividade, Nilópolis, Nova Iguaçu, Porciúncula, Queimados, Rio das Flores, Rio de Janeiro, Santo Antônio de Pádua, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, São João de Meriti, São José de Ubá, São Pedro da Aldeia, São Sebastião do Alto, Seropédica, Silva Jardim, Teresópolis, Trajano de Moraes e Varre-Sai.

Aulas presenciais

Já os outros 56 municípios estão autorizados a funcionar no modelo de ensino híbrido, em que as aulas são presenciais e  online. A Secretaria de Educação informou que as unidades escolares poderão oferecer atividades pedagógicas presenciais, conforme prevê a resolução que estabeleceu protocolos e orientações complementares para o atendimento nas unidades escolares públicas e privadas do sistema estadual de ensino.

No entanto, “caberá aos responsáveis, ou alunos maiores de idade desses municípios, a opção pelo retorno presencial ou a permanência somente no ensino remoto”.

Ainda segundo a secretaria, “as escolas deverão realizar as adequações necessárias ao seu plano de ação em vigor, de acordo com o planejamento alternativo previamente elaborado pelo estabelecimento de ensino”.

As direções das unidades escolares ficam responsáveis pela organização das atividades presenciais, “observando a sua realidade, considerando o projeto pedagógico da unidade escolar, os docentes disponíveis, o distanciamento social e os protocolos sanitários”.

Neste caso, estão os municípios de Angra dos Reis; Araruama; Areal; Armação de Búzios; Arraial do Cabo; Barra do Piraí; Barra Mansa; Bom Jardim; Cabo Frio; Cachoeiras de Macacu; Campos dos Goytacazes; Cantagalo; Carmo; Casimiro de Abreu; Comendador Levy Gasparian; Conceição de Macabu; Engenheiro Paulo de Frontin; Guapimirim; Itaboraí; Itaguaí; Itatiaia; Macaé; Macuco; Magé; Mangaratiba; Maricá; Mendes; Miguel Pereira; Niterói; Nova Friburgo; Paracambi; Paraíba do Sul; Paraty; Paty do Alferes; Petrópolis; Pinheiral; Piraí; Porto Real; Quatis; Quissamã; Resende; Rio Bonito; Rio Claro; Rio das Ostras; Santa Maria Madalena; São Fidélis; São Gonçalo; São José do Vale do Rio Preto; Sapucaia; Saquarema; Sumidouro; Tanguá; Três Rios; Valença; Vassouras e Volta Redonda.

*Com informações da Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Estadual de Educação, Secretaria Municipal de Saúde e Agência Brasil

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