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Saúde

Secretaria de Saúde recebe notificação de mais cinco casos da variante Delta na cidade

Nesta última quinta-feira (2), a Secretaria de Saúde recebeu uma notificação do Estado referente à identificação de mais cinco casos da variante Delta. Os casos foram identificados dentro de um estudo genômico realizado pelo Estado entre pacientes que estavam internados na rede pública entre os dias 2 e 16 de agosto. Imediatamente após receber a comunicação dos casos, o Departamento de Vigilância em Saúde fez o levantamento de informações. Uma paciente de 19 anos, moradora do Chácara Flora, teve alta, está em casa e passa bem; e uma mulher de 59 anos, moradora de Corrêas, que está internada em leito clínico, apresentando quadro estável. Os outros três casos são de idosos com 90, 78 e 73 anos – todos com comorbidades – que foram a óbito. Eles moravam no Bairro Castrioto, Quitandinha e Siméria, respectivamente.

A Secretaria de Saúde reforça mais uma vez a importância da população manter os cuidados preventivos, alerta que todos os grupos, tão logo forem chamados, devem comparecer para receber o imunizante, sendo fundamental concluir o esquema de vacinação, com o retorno para receber a segunda dose dentro do prazo especificado.

“Voltamos a reforçar que é fundamental que as pessoas compareçam para se vacinar e concluam o esquema de vacinação retornando para receber a segunda dose da vacina. Toda a equipe da Secretaria de Saúde vem se dedicando para que possamos seguir avançando para que tenhamos o quanto antes toda população imunizada. É fundamental que as pessoas não deixem de vacinar”, destaca o secretário de Saúde, Aloisio Barbosa da Silva Filho, lembrando ainda que, apesar do avanço da vacinação, as medidas de prevenção devem continuar.

“É fundamental que as pessoas continuem usando máscara da forma correta, cobrindo o nariz e a boca, lavem as mãos com água e sabão ou usem álcool em gel quando isso não for possível, e mantenham o distanciamento social. Evitar as aglomerações ainda é muito importante. São atitudes que salvam vidas. É importante que cada um continue fazendo a sua parte”, destaca.

Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz

Cientistas do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ressaltam que os valores médios registrados nesta última SE — 24,6 mil casos novos e 670 óbitos diários —  implicam na necessidade de atenção frente à hipótese de agravamento da pandemia, sobretudo pela difusão da variante Delta no momento em que grande parte da população ainda não completou o esquema vacinal. Atualmente, a taxa de letalidade está em torno de 2,8%, que é considerada alta frente a outros países que adotam medidas de proteção coletiva, testagem e cuidados intensivos para doentes graves.

“Apesar de ainda ser necessário avançar na ampliação e aceleração da vacinação, esse processo contribui para a importante tendência de redução da incidência e mortalidade, sendo notável o declínio no número absoluto de internações e óbitos em todas as faixas etárias”, dizem os pesquisadores do Observatório. Dados do MonitoraCovid-19, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde, mostram que 193 milhões de doses de vacinas foram administradas no Brasil. O plano de imunização atingiu 82% da população com a primeira dose e 39% com o esquema de vacinação completo, considerando as pessoas com mais de 18 anos.

Ao mesmo tempo, o estudo dos níveis de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves aponta uma tendência geral de redução no país, mas cinco unidades da Federação ainda apresentam grau de incidência extremamente alto. São eles Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e o Distrito Federal. Além disso, muitas capitais das regiões Sul, Sudeste e Nordeste registraram tendência de aumento de casos: Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, Salvador, Aracaju, Maceió, João Pessoa, Natal e Fortaleza.

O declínio no número de internações e óbitos, notável em todas as faixas etárias, é menor nas idades acima de 80 anos. Quanto ao registro de óbitos, os dados indicam que o pico está se deslocando para as idades mais avançadas e reconstruindo o cenário observado no período anterior ao início da vacinação. A proporção de casos internados entre idosos, que já esteve em 27% (SE 23, 6 a 12 de junho), hoje se encontra em 48,4%. Já a fração dos óbitos, que encontrou na mesma semana 23 a menor contribuição (44,6%), hoje está em 71,1%. Em outras palavras, a reversão demográfica é mais dramática no que se refere ao número de mortes, porque a concentração está substancialmente maior nas faixas etárias mais longevas.

O Boletim ressalta que o Estado do Rio de Janeiro apresenta um cenário que exige atenção, já que reitera tendência de crescimento do indicador de ocupação de leitos de UTI Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). As regiões mais críticas são a Metropolitana I, onde está a capital (96%), que concentra cerca de 1/3 dos leitos de UTI e é referência no estado, e a Baixada Fluminense – Belford Roxo (100%), Duque de Caxias (94%), Guapimirim (90%), Nova Iguaçu (85%), Queimados (78%) e São João do Meriti (83%) –, que compreende cerca de 15% dos leitos.

Para manter as expectativas positivas, o Boletim destaca que é fundamental combinar a ampliação da disponibilidade de vacinas para todos os grupos, incluindo, de imediato, “idosos necessitando a terceira dose e adolescentes a partir dos 12 anos, com campanhas de estímulo das pessoas que devem receber ambas as doses, a busca ativa de faltantes e a organização da rede de atenção básica do SUS mais próxima da população e com condições de atendimento e aplicação de vacinas”.

Os cientistas também destacam que enquanto a pandemia estiver em curso, além da necessidade de ampliar e acelerar a vacinação, torna-se fundamental para todos, mesmo os que tomaram vacinas, manter medidas como o uso de máscaras e de distanciamento físico. Neste sentido, é importante que secretarias de Saúde, de Assistência Social, comerciantes, empresários e todas as entidades que puderem se mobilizem para ampliar essas medidas de proteção, por meio, por exemplo, da distribuição de máscaras de qualidade para a população.

*Com informações da Fiocruz

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