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[Dica animal] Saiba identificar os efeitos negativos da pandemia nos animais de estimação

A pandemia alterou a rotina da maioria da população mundial e provocou impactos negativos na saúde física e mental de muita gente. Mas não foram só os humanos que sentiram os efeitos do isolamento social adotado para barrar a transmissão desenfreada do coronavírus. Os animais de estimação também tiveram o dia-a-dia alterado nesse último ano – e poderão sofrer ainda mais quando tudo voltar à “normalidade”.

A recomendação do distanciamento social pelas autoridades de saúde, com as quarentenas e lockdowns, e a ação do trabalho e estudos remotos fizeram com que os tutores de animais de estimação ficassem mais tempo em casa. Essa foi a mudança mais significativa na rotina dos pets em um primeiro momento da pandemia. Ter companhia o dia todo pode parecer uma vantagem aos bichinhos, mas também pode se tornar motivo de estresse, já que é uma mudança brusca no cotidiano deles. “Um dos principais problemas enfrentados pelos pets quando há mudança brusca na rotina é a alteração de comportamento”, explica o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera de Niterói, Adolfo Carlos Barreto Santos.

Em um segundo momento, com a retomada das atividades e com a esperança de voltar à normalidade, surge um novo motivo de incômodo aos animais: os tutores vão voltar, aos poucos, à rotina anterior à pandemia e deixar os pets sozinhos em casa depois de terem se acostumado com a companhia. E quando os tutores voltarem a trabalhar ou a estudar presencialmente, os animais poderão sofrer o mesmo problema. “Esse retorno à rotina anterior à pandemia significa, na prática para o animal, a ausência do tutor, podendo desenvolver uma síndrome de ansiedade por separação, ocasionando, por exemplo, comportamentos destrutivos pelo pet, podendo latir constantemente na ausência do tutor, arranhar e morder móveis e objetivos, urinar e defecar fora do lugar tradicional”, elenca o coordenador.

“Esses comportamentos alterados podem ser inconvenientes tanto para os tutores como para os vizinhos, entretanto, muitas vezes o próprio animal pode ser a vítima direta, realizando a automutilação, por exemplo, mordendo a própria pata ou o rabo. Além disso podem acontecer também situações onde há a falta de apetite, perda ou ganho de peso excessivo, alterações dermatológicas e supressão da imunidade, que podem abrir uma porta inclusive para o surgimento de outras doenças, tudo isso reflexo do estresse desta separação”, continua.

Como amenizar os efeitos negativos da pandemia nos pets?

O médico veterinário explica que cães e gatos precisam se manter ativos fisicamente e psicologicamente para serem saudáveis. Por isso, antes de qualquer mudança radical na rotina dos pets, é importante promover atividades físicas, mentais e sociais para que eles se acostumem com novas situações e gastem energia para aliviar o tédio e o estresse.

“Se os animais vão passar muito tempo sozinhos, é interessante investir em enriquecimento ambiental. Objetos e estruturas que promovam desafios e atividades alimentares, sensoriais, físicas e mentais são uma opção”, esclarece Adolfo Carlos. Esses objetos podem ser brinquedos, petiscos, brincadeiras como cabo de guerra e jogar bolinhas, camas elevadas, obstáculos… Estimular a independência e reforçar positivamente bons comportamentos enquanto estiver junto ao pet são outras dicas importantes. “Acostumar os cães, principalmente, a ficarem sozinhos, com saídas rápidas e graduais enquanto se divertem com os elementos de enriquecimento ambiental aplicados pelo tutor gera bons resultados”, conclui o veterinário.

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