Através de um decreto da Prefeitura de Petrópolis, publicado na última semana no Diário Oficial, foi regulamentado o atendimento preferencial a pacientes com fibromialgia. As regras asseguram a prioridade aos pacientes em órgãos públicos, empresas privadas e estacionamentos em Petrópolis. A Secretaria Municipal de Saúde já está disponibilizando gratuitamente carteirinhas ao portador da doença, para identificação dos beneficiários.
Quem tem a doença deve comparecer ao setor de Protocolo da Secretaria de Saúde, no Centro Administrativo da Prefeitura, na Avenida Barão do Rio Branco. É necessário o preenchimento de um formulário e apresentação do documento de identidade com foto, comprovante de residência, duas fotos 3×4 e laudo médico comprovando a fibromialgia. A carteira de identificação será entregue aos pacientes após cinco dias úteis, e terá validade de um ano, a contar da data de emissão, podendo ser prorrogada por igual período sucessivamente.
Simone Araújo foi diagnosticada com a doença há 6 anos. Ela também faz parte do Grupo de Fibromialgia de Petrópolis, que conta com mais de 120 pessoas. “Com a regulamentação da lei e com a carteirinha vamos ter a segurança de conseguirmos o atendimento preferencial em estabelecimentos. A carteirinha dá uma visualização de quem somos nós. É o passo inicial para conseguirmos o reconhecimento da doença e começar a realizar a inserção do grupo em projetos de atividades físicas e da divulgação”, disse.
Por lei, os órgãos públicos, empresas concessionárias de serviços públicos e empresas privadas em toda cidade são obrigadas a oferecer atendimento preferencial às pessoas com fibromialgia. No caso das empresas comerciais que recebem pagamentos de contas, a lei determina que estas devem incluir as pessoas com fibromialgia nas filas de atendimento preferencial já destinadas aos idosos, gestantes e pessoas com deficiência.
A fibromialgia é uma doença que não tem cura e que causa dores no corpo. Por ser uma síndrome, essa dor está associada a outros sintomas, como fadiga, alterações do sono, distúrbios intestinais, depressão e ansiedade. Acomete 2% da população mundial e é mais frequente em mulheres.