Concer: Maio amarelo
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Cidade

Petropolitanos se manifestam e pedem soluções em frente à Prefeitura

Na manhã desta quarta-feira (23), petropolitanos fizeram uma manifestação em frente à prefeitura e em ruas do Centro Histórico reivindicando soluções para os inúmeros problemas que a cidade vem enfrentando desde a tragédia do dia 15 de fevereiro e que foram intensificados com o temporal do último domingo (20).

Nos cartazes, manifestantes pediam aluguel social, uma vez que muitas famílias desabrigadas ainda não conseguiram o cadastro no programa; moradias já que são milhares de famílias que perderam suas casas ou tiveram que sair pois há risco iminente; limpeza principalmente nos bairros que ainda estão cheios de lama, pedras e escombros; entre outras demandas.

O governo municipal recebeu representantes de áreas atingidas pelas chuvas e que faziam uma manifestação em frente à Prefeitura, na Avenida Koeler.

Sete secretários municipais de governo conversaram com os manifestantes: o coordenador especial de Articulação Institucional, Rafael Simão; o procurador-geral do Município, Miguel Barreto; o controlador-geral do Município, Thiago Gibrail; o presidente da CPTrans, Jamil Sabrá; o secretário de Defesa Civil, Gil Kempers; o secretário de Administração, Ramon Mello; e o secretário de Saúde, Marcus Curvelo.

Cerca de 20 manifestantes participaram de duas reuniões com os secretários na sede da Prefeitura. Na ocasião, os secretários de governo elencaram as ações que vêm sendo realizadas pela Prefeitura na resposta às chuvas. Ainda durante a manhã, Simão concedeu uma entrevista coletiva à imprensa.

“É um momento muito difícil para Petrópolis. A cidade sofreu duas chuvas sem precedentes em um espaço muito curto de tempo. Vidas foram perdidas, pessoas perderam suas casas, comerciantes tiveram prejuízos, ruas foram destruídas. Entendemos a dor das pessoas. Mas é preciso ficar claro que a Prefeitura não parou um dia sequer desde o dia 15 de fevereiro. O trabalho da Prefeitura na assistência social, na Defesa Civil, na limpeza urbana, nas obras, não para. Estamos todos trabalhando muito forte para diminuir o sofrimento das pessoas e para reconstruir a nossa cidade”, disse Rafael Simão, coordenador especial de Articulação Institucional.

Veja abaixo algumas das principais ações informadas pela Prefeitura em resposta às chuvas de 2022:

Chuvas

• Petrópolis sofreu três grandes chuvas em 2022: 7 de janeiro, 15 de fevereiro e 20 de março;
• As chuvas de 7 de janeiro fizeram com que a Prefeitura decretasse a situação de emergência de Petrópolis (situação reconhecida pelo governo federal por meio da Secretaria de Nacional de Proteção e Defesa Civil e do Ministério de Desenvolvimento Regional);
• O desastre de 15 de fevereiro é considerado o maior da história de Petrópolis: 234 vidas foram perdidas. Esse desastre fez com que a Prefeitura decretasse o estado de calamidade pública de Petrópolis;
• O desastre de 20 de março teve o maior índice pluviométrico da história de Petrópolis: 547,4 mm em 24 horas no São Sebastião. Ou seja, nunca choveu tanto em Petrópolis quanto naquele domingo.

Assistência social

• A Prefeitura abriu pontos de apoio em escolas municipais para as pessoas que tiveram que deixar suas casas por conta das chuvas. O número de pontos variou conforme a demanda, chegando a 14 pontos administrados pela Prefeitura, além de outros nove pontos voluntários em igrejas e associações;
• Nos pontos de abrigamento, as famílias recebem atendimento de assistentes sociais, psicólogos, orientadores e profissionais da saúde, além de alimentação, kits de higiene pessoal e limpeza;
• A Prefeitura cadastrou todas as famílias nos pontos de abrigamento para que fossem beneficiadas pelo programa do Aluguel Social;
• Inaugurou o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) do Alto da Serra, para atender os moradores das regiões de Alto da Serra, Vila Felipe, Chácara Flora, Sargento Boening e Rua Teresa.

Habitação

• Conseguiu, junto ao governo do estado, o aumento do valor do aluguel social para as vítimas das chuvas de 15 de fevereiro. Com isso, o benefício pago pelo estado passou de R$ 500 para R$ 800. Além disso, a Prefeitura complementou esse valor com R$ 200, totalizando um benefício mensal de R$ 1 mil para essas famílias;
• Criou uma força-tarefa para, diariamente, buscar casas em locais seguros para que as famílias que perderam suas casas pudessem alugar pelo programa do Aluguel Social;
• Criou o Sistema de Cadastro de Imóveis para Locação. Disponibilizado no site da Prefeitura, esse sistema busca unir quem tem casa para alugar e quem, por causa das chuvas, está precisando de casa;
• Prestou assessoria jurídica aos beneficiários do aluguel social para a formalização dos contratos de aluguel;
• Em cerca de um mês, 700 famílias auxiliadas pela Prefeitura conseguiram casas em locais seguros para morar pelo programa do Aluguel Social;
• Comprou um prédio na Rua Floriano Peixoto, no Centro, com 32 unidades habitacionais para as famílias que perderam suas casas;
• Disponibilizou para o governo do estado um terreno no Caetitu para a construção de 300 a 400 unidades habitacionais.

Limpeza urbana

• Nos primeiros dias após o desastre de 15 de fevereiro, a Prefeitura contratou uma frente emergencial de trabalho com 1.200 homens e mulheres para a limpeza urbana;
• Além da frente emergencial de trabalho, outros 250 trabalhadores da Comdep seguem nas ruas limpando a cidade;
• Mais de 160 mil toneladas de entulho e terra já foram retiradas das ruas por equipes da Comdep desde o dia 15 de fevereiro;
• A Comdep limpou 150 casas que foram atingidas pelas chuvas de 15 de fevereiro;
• A CPTrans removeu 510 carros das vias e dos rios. São veículos que foram arrastados pelas chuvas e que estavam espalhados pela cidade: obstruindo as vias, em cima das calçadas ou dentro dos rios. Esses veículos rebocados foram levados para o pátio do Morin.

Defesa Civil

• Em um intervalo de 37 dias (entre os dias 15 de fevereiro e 23 de março), a Defesa Civil registrou 7.122 ocorrências pelo telefone 199. Uma quantidade 4 vezes maior do que a registrada em todo o ano de 2021 (quando houve 1.654 ocorrências)
• A Defesa Civil concluiu, desde o dia 15 de fevereiro, 2.920 laudos técnicos, fruto de vistorias realizadas nas áreas atingidas pelas chuvas
• Outras 2.999 vistorias estão em andamento.

Prevenção de desastres das chuvas

• O prefeito Rubens Bomtempo anunciou a criação de um instituto municipal de geologia em Petrópolis: o Geo-Serra. A entidade será responsável pela avaliação de risco geológico-geotécnico na cidade;
• Bomtempo encaminhou ofício à Universidade Federal Fluminense (UFF) solicitando a implantação, em Petrópolis, de um curso universitário de geologia, para a formação de profissionais na cidade.

Mobilidade urbana

• A CPTrans implantou um corredor exclusivo para ônibus na Rua Washington Luiz: o objetivo foi diminuir o tempo das viagens do transporte público coletivo;
• A CPTrans criou uma linha de ônibus especial para o Alto da Serra: a linha 200 (Centro X Alto da Serra), para atender principalmente os moradores das regiões do Vila Felipe, Chácara Flora, Sargento Boening e Meio da Serra.

Recuperação da economia

• Concedeu isenção de IPTU em 2022 para os empresários que tiveram prejuízos com as chuvas;
• Concedeu isenção da taxa de coleta de lixo para os empresários que tiveram prejuízos com as chuvas;
• Concedeu isenção de ISS para os empresários que se enquadrem no Simples Nacional e que tiveram prejuízos com as chuvas;
• Conseguiu junto à AgeRio (Agência Estadual de Fomento do Rio de Janeiro) uma linha de crédito emergencial com taxas diferenciadas para os empresários que tiverem prejuízos com as chuvas: 0% de taxa de juros e carência de até 12 meses, totalizando R$ 200 milhões em crédito;
• Conseguiu junto à instituição financeira cooperativa Sicoob Rio uma linha de crédito com condições especiais para os empresários que tiveram prejuízos com as chuvas: prazo de até 60 meses, carência de até 180 dias e taxa pré-fixada a partir de 0,89% ao mês. Um posto de atendimento da Sicoob Rio foi montado na sede da Prefeitura.

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