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Saúde

Centro de Saúde conta com grupos antitabagismo; veja como participar

Que o cigarro faz mal à saúde não é novidade para ninguém. O tabagismo, apesar de ser a principal causa de morte evitável no mundo, é considerado um fator de risco importante para o aparecimento de diversas doenças, entre elas as cardiovasculares e respiratórias, além de inúmeros tipos de câncer.

Mas você sabia que, além das substâncias tóxicas presentes em cachimbos, charutos, narguilés e cigarros, eletrônicos ou não, o próprio hábito de fumar também pode ser nocivo à saúde de órgãos como boca e garganta? É o que explica Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.

Conforme a médica, fumar pode comprometer a fala, a deglutição e as funções motoras da faringe e laringe, podendo evoluir a quadros mais graves, como câncer nesta região do organismo. “Devemos atentar à população para além dos malefícios do cigarro e da nicotina, mas também ao vício, que, assim como o alcoolismo, tem se tornado um hábito social.”

Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) indicam que, apesar de o número de fumantes com 18 anos ou mais ter caído consideravelmente nos últimos anos — de 16,2% em 2006 para 9,1% em 2021, os jovens têm aderido ao hábito de fumar cada vez mais cedo, graças aos vapers (cigarros eletrônicos) e outros dispositivos de fumo com essências saborizadas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o tabaco como o responsável por mais de 8 milhões de mortes em todo o mundo anualmente.

“Apesar do avanço, é necessário intensificarmos as campanhas de combate ao fumo, principalmente entre os jovens. Do total de óbitos, 7 milhões de mortes são causadas pelo uso direto do produto. No entanto, cerca de 1,2 milhão é resultado do fumo passivo, ou seja, de pessoas que convivem com fumantes e ficam expostas à fumaça e todas as suas toxinas”, explica.

De acordo com a médica, além de afetar a qualidade e expectativa de vida das pessoas, o tabagismo induz a população a danos sociais, políticos, ambientais e econômicos, já que as doenças causadas pelo vício são consideradas de alto custo para o Sistema Único de Saúde (SUS). “Isso sem falar nos gastos pessoais de um fumante”, reitera.

Com o objetivo de sensibilizar sobre os malefícios do cigarro e ajudar as pessoas que querem parar de fumar, Petrópolis conta com o Programa de Antitabagismo.

Para participar dos grupos antitabagismo, coordenados pela enfermeira Patrícia de Paula Neves, que funcionam no Centro de Saúde, os interessados devem procurar o local de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Atualmente, três grupos estão sendo acompanhados pelas equipes de apoio a aqueles que precisam de ajuda para parar de fumar. As reuniões acontecem às segundas, quartas e sextas-feiras, às 9h. Às terças os encontros são realizados às 14h. Também há horários extras às 18h, nas sextas-feiras.

“O tabagismo está relacionado a mais de 50 doenças, principalmente o câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia e precisa ser combatido. Buscamos unir forças e trabalhar de forma cada vez mais eficaz nesse combate”, disse o secretário de Saúde, Marcus Curvelo.

O Centro de Saúde Coletiva fica na Rua Santos Dumont.

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