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Cidade

Fiocruz firma parceria com o município para desenvolver ações de prevenção em áreas atingidas pelas tragédias

Uma parceria entre o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis, e a Prefeitura Municipal, foi firmada a fim de desenvolver um plano de prevenção de doenças e  promoção da saúde para as áreas atingidas pelas tragédias de fevereiro e março deste ano.

A equipe de 16 técnicos já iniciou o trabalho nesses territórios e conta com psiquiatra, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e psicólogos. Os profissionais foram contratados pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) e trabalharão com o assessoramento técnico do Fórum Itaboraí.

 A atuação das equipes ao longo do período de três meses será nos territórios de Alto da Serra e adjacências, como Vila Felipe e Chácara Flora, Sargento Boening, Floresta, Caxambu, Lusitano, Siméria, São Sebastião e 24 de Maio. O trabalho tem previsão de duração de três meses e visa elaborar, em conjunto com as comunidades, um diagnóstico das principais carências e fragilidades sanitárias, econômicas, sociais e ambientais desses territórios. Um documento contendo os principais resultados, assim como propostas de solução, será encaminhado para o poder público municipal a fim de orientar ações específicas e concretos nessas áreas.

Diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg, destaca a importância desta parceria com a Prefeitura. “É fundamental que ocorra essa força tarefa para identificar quais estratégias precisam ser tomadas nessas áreas. Sabemos que as tragédias deixam grandes impactos nas pessoas, que perderam parentes, passaram pela situação traumática e ficaram sem suas casas. Atuar na promoção da saúde dessas áreas é um trabalho de fortalecimento dessas comunidades para que tenham condição de atravessar essa fase e superar e prevenir os desafios impostos pelos desastres”, afirma.

Norma Pontes, apoiadora institucional do departamento de atenção básica da Secretaria de Saúde de Petrópolis, explica que o trabalho em conjunto será fundamental para colher informações nesses territórios que possam, futuramente, subsidiar políticas públicas de enfrentamento aos desastres, assim como das condições sociais e econômicas dessas áreas atingidas a partir do olhar dos próprios moradores. “Que essas políticas trabalhem a gestão do risco, prevenção de novos desastres, como também direcionem para promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida dessas populações”, afirma.

Atuação nas comunidades 

Nas últimas semanas, estão sendo realizados no Fórum Itaboraí treinamentos das equipes a fim de capacitar esses profissionais contratados para a realização do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), metodologia de trabalho que consiste em ouvir a população e os atores que têm relação com cada comunidade.

Assistente Social do Fórum Itaboraí, Marina de Jesus, explica que o documento final deve ser entregue até novembro, antes do período de chuvas. “Durante o processo do DRP, serão trabalhadas propostas para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem nessas áreas e também será discutida a viabilidade da implementação de ações concretas”, explica.

Os profissionais serão responsáveis por fazer um reconhecimento junto à comunidade para entender onde estão essas famílias atingidas pelas tragédias, o que elas passaram e quais são os vínculos delas com o território, além de buscar informações sobre rotas de fuga. “O objetivo é a promoção da saúde a partir da perspectiva territorial e do olhar das pessoas que vivem nessas regiões e que sinalizam as vulnerabilidades e potencialidades. A forma como cada morador faz a leitura do território”, diz Marina.

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