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Esporte

Petrópolis tem a primeira escola pública do país com aulas de natação exclusiva para surdos

Nesta semana, os alunos da Escola Municipal de Educação Especial Santos Dumont tiveram a primeira aula de natação dentro do projeto Sobre-Vivências Aquáticas, uma parceria da Secretaria de Educação e o paratleta Denivaldo Ramos de Paulo. Com o projeto pioneiro, Petrópolis tem a primeira escola pública do país com aulas de natação exclusiva para surdos.

Ao todo, 24 alunos da escola terão aulas duas vezes por semana (às terças e quintas-feiras) na piscina aquecida da Escola Municipal Fábrica do Saber, na Estrada da Saudade. O transporte escolar leva os alunos para as aulas. “Ninguém conquista ou faz nada sozinho. Tivemos todo o apoio da Secretaria de Educação, por meio do Departamento de Ensino Fundamental e do Setor de Transporte. Estamos muito felizes de estar realizando esse projeto com as nossas crianças. É um momento de muita alegria”, disse a diretora da Escola Municipal de Educação Especial Santos Dumont, Aline Nicolay.

O paratleta Denivaldo Ramos de Paulo é o coordenador do projeto e acompanha as aulas que são ministradas pelo professor de Educação Física Hugo Leonardo Conceição. A instrutora da escola, Ester Raquel Dionysio Silva, também participa das aulas. Ela faz a tradução em libras (Língua Brasileira de Sinais) para os alunos. E a orientadora escolar Viviane Portela auxilia os estudantes.

Denivaldo comemorou o primeiro dia de aula e parabenizou a iniciativa que foi abraçada pela Prefeitura. “Conseguir oferecer isso pelo município, de forma gratuita, é de uma grandeza admirável. A primeira aula foi espetacular. O que queremos aqui é proporcionar uma qualidade de vida melhor para eles. A natação trabalha o emocional e o cognitivo, é muito mais que formar um atleta é fazer com que eles se sintam vivos, porque é assim que eu me sinto quando estou na água”, comentou o paratleta.

Atualmente, Denivaldo Ramos de Paulo é paratleta do Flamengo. Natural de Pernambuco, ele está em Petrópolis há quatro anos. “Sofri o acidente aos 28 anos e a natação me ajudou na reabilitação. Quando conheci a escola eu percebi que tinha que fazer algo por esses alunos. O importante desse projeto é isso: sentir a vida”, concluiu o paratleta, acrescentando que o objetivo é ampliar o projeto para outras unidades da rede.

A Escola Municipal de Educação Especial Santos Dumont existe há mais de 30 anos e há cerca de 21 funciona em um prédio na Rua Montecaseros, no Centro da Cidade. Atualmente a unidade conta com 24 alunos, com idades entre cinco e 46 anos. Mas ainda há vagas para novos alunos. “Estamos com matrículas abertas para novos estudantes, que podem ser feitas na própria escola”, explicou a diretora.

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