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Saúde

Oncologista fala sobre a importância de vacinar crianças contra o HPV para garantir um futuro livre dos altos índices de câncer do colo do útero

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 17.010 novos casos de câncer do colo do útero no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. Neste domingo (26) em que é lembrado o Dia de Conscientização do Câncer do Colo do Útero, a especialista do Centro de Terapia Oncológica (CTO), Carla Ismael, lembra que esta é uma doença totalmente prevenível e curável e que, em países desenvolvidos, já quase não existe mais.

O câncer do colo do útero é provocado pelo vírus HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), que já é possível prevenir por meio de vacina disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas e meninos antes de iniciarem suas atividades sexuais. “É importante que os pais vacinem essas crianças para evitar que as meninas desenvolvam o câncer do colo do útero na fase adulta e os meninos também fiquem livres do desenvolvimento do câncer de pênis”, explica Carla Ismael.

No Brasil, a especialista explica que ainda há um alto índice de casos de câncer do colo do útero e também de mortalidade devido à doença, já que costuma ser diagnosticada em fase avançada. De acordo com o Inca, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero ocupa a sexta posição entre os tipos mais frequentes de câncer. Nas mulheres, é o terceiro mais incidente no país.

O diagnóstico do câncer do colo do útero é feito pelo exame Papanicolau, o preventivo. “É importante que a mulher vá ao ginecologista, pelo menos de dois em dois anos, e faça o preventivo, uma vez que a doença sendo diagnosticada em estágio inicial tem maior chance de cura. O tratamento pode envolver quimioterapia, cirurgia, radioterapia e braquioterapia”, diz a oncologista.

Carla Ismael reforça que diminuir a incidência do câncer de colo do útero no Brasil é uma missão de toda a sociedade. “Tão importante quanto fazer os exames regularmente é ter consciência de que vacinar nossas crianças é a garantia de um futuro com cada vez menos registros dessa doença”, conclui.

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