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Agenda cultural

UNIFASE recebe programação do Festival de Inverno Dell’Arte com o melhor da Música Clássica Brasileira

Até 23 de julho, o Instituto Dell’Arte promove a 22ª edição do tradicional Festival de Inverno de Petrópolis e celebra o início de uma parceria com a UNIFASE. O Teatro da Sala Arthur de Sá Earp Neto receberá, sempre às 18h30, a Série Dellarte, com concertos de música clássica com os mais representativos artistas do gênero. Toda a programação é gratuita, ancorada na “Campanha da Solidariedade”, com o objetivo de arrecadar alimentos para instituições carentes da região.


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A abertura da Série Dellarte na UNIFASE acontece neste sábado (15), com o Quarteto Atlântico (Ivan Scheinvar e Thiago Teixeira nos violinos, Luiz Felipe Ferreira na viola e Bruno Valente no violoncelo). Seus quatro integrantes são membros de importantes orquestras cariocas. O grupo, que completa dez anos neste ano, apresenta um repertório de peso, com obras de Osvaldo Lacerda, Samuel Barber e Beethoven.

No domingo (16), o Duo Gerk & Lima, formado pela soprano Maria Gerk e pelo violonista Marco Lima, apresentará um breve panorama da música de câmara espanhola do século XX para voz e violão. O recital visita a obra para violão solo de Joaquín Turina com Sevillana (Fantasía), e apresenta o ciclo Tres Canciones Españolas, de Joaquín Rodrigo, culminando no ciclo de canções Siete Canciones Populares Españolas, de Manuel de Falla.

Na quarta-feira (19), o Trio Elisa Fukuda, com Marcos Aragoni ao piano, Elisa Fukuda ao violino e Moisés Ferreira no violoncelo, apresenta no repertório Trios de Mendelssohn e Beethoven. Com destaque para o Trio Op.70 n.1, em ré maior, de Beethoven, que ganhou o epíteto de “Fantasma”. A alcunha foi dada por Carl Czerny, pianista, compositor, pupilo e amigo do grande mestre, que disse que o segundo movimento do trio sempre lhe remetia à aparição do fantasma de Banquo em Macbeth. Curiosamente, Beethoven tinha planos para compor uma ópera sobre a tragédia Shakespeariana, e já estava ensaiando algumas ideias para ela no Trio em ré maior, mas não se sabe se Czerny tinha conhecimento disso. O Trio n.1, em ré menor, Op. 49, expõe a maturidade composicional de Mendelssohn, numa peça que oferece generosas e belíssimas melodias para todas as vozes, em movimentos que mesclam profunda beleza e nobre vigor.

A programação continua na quinta-feira (20), com o Trio Aquarius, um dos conjuntos de câmara mais longevos do Brasil, formado por músicos de destaque do cenário musical brasileira, com Flávio Augusto ao piano, Ricardo Amado no violino e Ricardo Santoro no violoncelo. No programa, o Trio em sol maior, Hob. XV: 25, de Haydn, Cinco miniaturas brasileiras, de Villani-Côrtes e “As Quatro Estações Portenhas”, de Astor Piazzolla. Compostas originalmente para violino, guitarra elétrica, piano, baixo e bandoneón, nesta apresentação serão adaptadas para a formação do trio. As “Estações”, inevitavelmente comparadas às suas primas alguns séculos mais velhos, escritas por Antonio Vivaldi, resumem a essência de Piazzolla em seu brilhante sincretismo estilístico: por misturarem habilmente o tango, o clássico e o jazz.

Sexta-feira (21), a aclamada Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino, de Campos dos Goytacazes, traz um programa eclético, com temas de Dominguinhos, Tchaikovsky, Gershwin, Sivuca e Chico da Silva, entre outros. Formada em 1995, a partir da inclusão de seu projeto na ONG Orquestrando a Vida, a OSMI é composta de 58 músicos e tem direção geral do maestro Jony William Villela.

Sábado (22), o Duo Braga & Balloussier apresentará peças para violoncelo e piano de Schubert, Janáček, Arthur Napoleão e Piazzolla. O violoncelista Miguel Braga, apesar de jovem, já traz em seu currículo concertos como solista à frente de importantes orquestras brasileiras e prêmios em concursos nacionais. Katia Balloussier, camerista experiente, desde 1997 ocupa o cargo de pianista acompanhadora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Se apresentou com as principais orquestras do país e é uma referência do piano nacional.  Neste programa, o duo explora as nuances da formação com a delicadeza de “Romance”, de Arthur Napoleão; um mundo de fantasia inspirada num conto russo evocado pela linguagem única de Janáček em seu “O Conto”; as acrobacias técnicas da “Sonata Arpeggione”, de Schubert, que dão bastante espaço de vitrine para o violoncelo solista e, por fim, “Le Grand Tango”, de Piazzolla, que sempre une virtuosismo e drama, luxúria e exuberância.

O grupo PianOrquestra, indicado recentemente como Melhor Grupo Instrumental ao Prêmio da Música Brasileira, traz o show de lançamento de seu álbum “CollectivA” no domingo (23), fechando a programação de clássicos na UNIFASE. O repertório explora obras icônicas da literatura do piano brasileiro, incluindo compositores das primeira e segunda gerações nacionalistas (Villa-Lobos e Santoro), evoluindo com Pixinguinha, Hermeto e Egberto, pilares da música instrumental brasileira, além de contemporâneos como Amaral Vieira e um novo arranjo para uma composição autoral (Ciranda).

O Festival de Inverno é apresentado pelo Ministério da Cultura, Águas do Imperador e Prefeitura de Petrópolis, patrocinado por Eletrobras Furnas, apoio da UNIFASE, apoio institucional da Prefeitura de Petrópolis, produção da Dellarte, realização do Instituto Dell’Arte e Ministério da Cultura, Governo Federal / União e Reconstrução.

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