Concer: Comece pela segurança
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Retomada das obras da Nova Subida da Serra é tema de reunião em Brasília

Nesta última quinta-feira (25), a paralisação das obras da Nova Subida da Serra foi tema de audiência pública promovida pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara de Deputados, a pedido do deputado Hugo Leal, em conjunto com o deputado Áureo Ribeiro. Durante a reunião, o prefeito Rubens Bomtempo defendeu a retomada imediata das intervenções. “Petrópolis não aguenta mais! Essa é uma questão inegociável para a nossa cidade. O petropolitano não pode pagar a conta: o que queremos é uma solução de curtíssimo prazo! Não podemos mais esperar”, disse.

Mais de 6 mil petropolitanos já assinaram petição online pedindo solução imediata para a questão. “Quando lançamos o abaixo-assinado para mostrar que os petropolitanos querem a obra, fiz questão de ir até a obra do túnel para mostrar que grande parte das obras já foi realizada. Já discutimos demais o assunto. O que precisa agora é de uma solução! Este é um problema que não pode ser mais empurrado para frente”, disse Bomtempo, destacando que a atual pista está obsoleta e não condiz com o volume atual de tráfego da rodovia.

Em nota, a Concer agradeceu a oportunidade proporcionada pela audiência pública de poder anunciar que “está pronta para a retomada imediata das obras da Nova Subida da Serra em até 45 dias, após a otimização e reequilíbrio do contrato de concessão, podendo concluí-las em até 33 meses, bem antes das melhores estimativas previstas em um eventual cenário de uma nova concessão. A Companhia reúne todas as condições que atendem ao interesse público na conclusão antecipada da NSS, tendo projeto executivo revisado, atualizado e certificado, licenças ambientais vigentes e outros fatores que permitem uma rápida solução para o término das obras paralisadas pelo desequilíbrio contratual sofrido desde 2014”, diz a concessionária. A retomada das obras está condicionada à repactuação do contrato de concessão.

O encontro colocou na mesa representantes de diversas instituições: ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Tribunal de Contas da União (TCU), a Concer (concessionária que administra a rodovia) e autoridades das cidades do entorno. Participaram os deputados Luiz Fernando Faria (MG, presidente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara), Hugo Leal e Áureo Ribeiro. O presidente da Câmara Municipal, vereador Júnior Coruja, também esteve presente, assim como o prefeito de Areal, Gutinho Bernardes.

Fechamento da pista por 27 horas reforçou necessidade da obra

A “janela hídrica” (termo técnico para o período com maiores índices acumulados de chuva, registrado entre novembro de 2023 e abril deste ano) evidenciou a necessidade de uma nova pista de subida da Serra. A atual pista – principal acesso à cidade – chegou a ficar fechada por 27 horas seguidas de forma preventiva, com acesso restrito aos veículos de emergência, em caso de necessidade.

“A região de Petrópolis, eixo da BR-040, é um dos principais pontos que sofrem com mudanças climáticas, e nessas janelas hídricas a rodovia está sempre em primeiro ou em segundo lugar no ranking de problemas”, disse o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale.

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro, Vitor Almada da Costa, também destacou a urgência da retomada da obra, a partir do trabalho operacional da PRF. “No último evento climático extremo, acompanhamos em parceria e diligenciamos a sistemática, que teve como resultado prático o fechamento por 27 horas da subida da Serra. Isso acontece também pela necessidade de se estabelecer rotas de escoamento e atendimento à emergência. Mas é importante destacar que a falta de alternativa a médio prazo nos preocupa”, disse, lembrando que a pista de descida, por exemplo, não pode funcionar em mão-dupla, dada a possibilidade de acidentes em alguns trechos – em especial nos túneis.

Entidades empresariais também querem retomada das obras

A retomada das obras também foi defendida por duas entidades representativas do setor empresarial do Estado: a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio (Fecomércio) e o Mercoserra, que reúne o setor produtivo da região serrana.

O assessor da presidência da Fecomércio, Delmo Pinho, destacou que o usuário está sendo o mais prejudicado, uma vez que paga o pedágio, mas não vê o avanço da obra. “Quem usa a rodovia foi desconsiderado nesse debate. Somando os prejuízos advindos de acidentes, alto custo da tarifa de frete, além da perda de benefício econômico, chegamos ao prejuízo de R$ 6 bilhões, de acordo com estudo feito pelo economista Riley Rodrigues”, destacou.

O presidente do Mercoserra, Luiz Fernando Gomes, destacou que, como representante da agência de desenvolvimento da região serrana, identifica o prejuízo imenso que Petrópolis e cidades próximas sofrem. “Me solidarizo com as palavras do prefeito. É preciso dar celeridade ao assunto, pois há vários trechos que precisam de obras. Recentemente, por exemplo, tivemos dois dias com um trecho alagado [em Duque de Caxias, próximo à Reduc] e as pessoas ficaram ilhadas. É a ligação entre o segundo e o terceiro PIB do país, uma obra importantíssima para o Brasil”, constata.

Bingen-Quitandinha sem improviso e com responsabilidade

O prefeito Bomtempo lembrou que, com a nova pista de subida, o caminho é aberto para a municipalização da estrada entre o Bingen e o Quitandinha, na pista atual. Desta forma, sem o volume pesado de veículos e carretas de grande porte, será possível fazer uma ligação entre as duas regiões sem improviso, garantindo a segurança dos motoristas.

“A ligação Bingen-Quitandinha tem que ser feita de forma responsável, e não de qualquer jeito. Com a nova pista, o município vai poder utilizar aquele trecho, que vai ter um tráfego mais reduzido, para fazer a pista com segurança, atendendo somente aos moradores de Petrópolis”, defendeu o prefeito, durante a audiência pública.

A audiência foi convocada pelo deputado Hugo Leal. “Todos queremos uma solução. Convocamos essa audiência, mais uma vez, porque estamos chegando a um nível de incômodo muito grande com essa situação”, disse.

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