por Aline Furtado da Rosa
Com as mulheres cada vez mais envolvidas no mercado de trabalho é relevante que se estimule o autocuidado e a conscientização sobre a responsabilidade individual com a própria saúde e das mulheres da família.
Programas de saúde da mulher, como estratégias de planejamento familiar, prevenção do câncer do colo uterino e de mama, e pré-natal precisam ser cada vez mais incentivados nas diversas esferas da Saúde Pública.
Uma preocupação para as autoridades é o câncer do colo uterino, causado pelo vírus HPV. De acordo com o INCA, a cada ano são diagnosticados 500 mil casos da doença no mundo, que é a segunda maior causa de mortes por câncer em mulheres. No Brasil, os índices são semelhantes: o câncer de colo uterino é o segundo mais comum entre as mulheres e o quarto que mais mata.
Esse quadro pode ser revertido com medidas de prevenção, mas só por intermédio do exame papanicolau é possível identificar o câncer no colo uterino. Ele é provocado pelo vírus do HPV, que é transmitido por relação sexual desprotegida, ou seja, sem uso do preservativo (camisinha). São diversos os tipos de vírus do HPV, alguns são cancerígenos e outros ainda são desconhecidos, por isso a importância de realizar o exame regularmente.
Já existe vacina para alguns tipos de vírus, porém é indicada preferencialmente para mulheres virgens e ainda não se encontra disponível na rede pública de saúde. O câncer no colo uterino tem cura se identificado precocemente, por isso prevenir ainda é o melhor remédio. Usar preservativo e realizar o exame papanicolau regularmente é a solução para prevenir doenças.
Aline Furtado da Rosa é enfermeira especializada em Saúde da Mulher e professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis/FASE.