Os livros policiais e/ou de suspense normalmente seguem a mesma “receita”: uma morte/um desaparecimento -> um detetive muito perspicaz tornando todos os personagens suspeitos -> uma caçada -> uma luta, às vezes, mortes -> explicação -> desfecho.
“Dias Perfeitos” também conta com alguns desses elementos, mas o melhor é que o livro é narrado pelo “vilão”, Téo, que é um protagonista um tanto instável e violento, que é capaz das maiores atrocidades para ficar com a mulher que “ama”, e forçá-la a amá-lo também.
Só que a narrativa de Raphael Montes (prestem atenção nesse autor!) é tão boa, que, por vezes, nós quase simpatizamos e até entendemos a lógica totalmente distorcida de Téo, que também tem um grande poder de persuasão sobre todos ao seu redor.
Já o desfecho da história remete ao de “Garota Exemplar”, de Gillian Flynn, que justamente por fugir completamente do convencional, pode fazer com que os leitores o amem ou o odeiem, mas independente disso, se surpreendam.
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