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Colunas

[Na mente de um Strudel] Dá currículo

por Rafael Studart

O mundo dos relacionamentos é exatamente como o dos negócios: você pode estar em alta, em baixa, de volta ao mercado, participando de entrevistas, contratando.

Preferi começar estagiando, embora várias pessoas já iniciem suas carreiras fechando contrato. Esses estágios foram importantes para mim. Fizeram-me entender um pouco melhor do negócio. Com o tempo, me senti mais à vontade para firmar meu primeiro contrato. Aos poucos, fui ganhando mais segurança no mercado e buscando novos desafios. Meus contratos, que inicialmente eram de três, passaram a cinco, oito, dezoito meses, até que cheguei em uma empresa onde me estabeleci por cinco anos e meio.

Descobri, embora já tivesse ouvido isso durante as happy hours do centro da cidade, que muito tempo numa empresa é arriscado. Por conhecer o funcionamento dela, você pode começar a fazer o seu serviço de forma mais burocrática. Chegando, muitas vezes, ao mínimo possível, só pra garantir que não seja demitido. No final, se acomoda e segue como um servidor público, pensando já estar com a estabilidade assegurada.

Mas minha analogia não é pra focar nessa lógica que já conhecemos e sim, para resolver um dilema que muitas pessoas possuem.

Você é, assim como eu fui, provavelmente, um dos muitos que já deveriam ter pedido demissão da empresa, mas continuou porque dá muito trabalho procurar emprego. O que fazer agora? O mercado está em constante mudança, com um dinamismo cada vez maior, além de novas ferramentas que você precisa saber usar. Porém, amigo trabalhador, você conseguiu algo muito apreciado por várias empresas. Uma linha no seu currículo que exprime que você é capaz de se manter num emprego por um bom tempo.

E esse é o foco de tudo: o seu currículo! Valorize-o! Diversifique-o! É importante, nesse período de entressafra, para o seu crescimento, que você ganhe experiência profissional. Ainda mais agora que saiu de um emprego de longa data. Quantas línguas você fala? Já trabalhou em empresas offshore? Empresas japonesas? Europeias? Americanas? E no Brasil? Teria problema em fazer ponte aérea? Já pensou em trabalhar como PJ? Quem sabe, sendo freelancer em duas empresas ao mesmo tempo, buscando, por que não, uma fusão? E realizar trabalho voluntário? Já foi atrás de empresas que parecem não ser atraentes para os seus colegas de mercado, mas que o fariam ganhar notoriedade e respeito entre as demais companhias? Existem sites, inclusive, que lhe permitem visibilidade entre as empresas interessadas em contratação ou serviços temporários.

Lembre-se: eventualmente, você pode terminar como sócio de uma empresa. E todos sabem o quão difícil uma sociedade pode ser. Então, antes disso, descubra-se. Explore todo o seu potencial para se tornar um profissional completo e bem-sucedido. Posso te garantir que vai chover oferta de emprego. E pense sempre assim: “Na pior das hipóteses, deu CV.”

studartRafael Studart é comediante, roteirista e professor universitário de física. Mestre pela COPPE/UFRJ, costuma tentar algo novo com uma certa frequência. Se quiser falar sobre relacionamento e sexo com ele, pode pará-lo na rua. Facebook: http://www.facebook.com/studart7

Um Comentário

  1. Sai de uma empresa depois de 5 anos, agora só tabalho com freelance..Tem dado mt certo..

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