Escovando os dentes e o sorriso com ácido sulfúrico
com uma teimosia incubada a 58 graus
me liquidifico, mix desprovido de inquietação.
contrário a obturações feitas a base de argamassa.
este urro da metrópole
não é extensão da nossa pulsação .
por isto
amigo &
amiga
estejam
debaixo da minha língua, amargo
tal um doce ácido lisérgico.
ser aluzcinação grudada nas minhas pupilas.
magnetita que brota na costela da minha montanha.
opala de fogo formada no dorso.
gente é para ser galho de fogueira na Serra dos Órgãos e no freezer dos dias.
aquelas engrenagens na constelação da máquina pneumática
são lavadas com enxofre e zinco refinado,
mega pixel e graxa
e ainda assim
sulfuricamente
gargalham.
aqui na Terra
mandíbula e maxilar
fazem de tudo para se contorcerem mais para sorrir do que para gritar.
Sentimento de ânimo diante deste rolo compressor do século vinte e um
é
água de bica escorrendo no rosto durante o calor da cor cinza.
Matheus José Mineiro é autor do livro “A Cachoeira do Poema Na Fazenda do Seu Astral” e dos fanzines Apologia Poética artesanalmente, Alcoologia Poetica, Mais Um Cadim de Poesia Aí, Ô Trem Bão Poesia Com Limão e Costelinha com Quiabo e Poesia (www.
Que imagens instigantes, níveis imagéticos produtivos, figuras de sintaxe estupendas, este poeta tem futuro. Bem tônico os versos.