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Colunas

[Para & Pensa] O mistério da vida

por Daniel Martinez de Oliveira

Além de questões como “De onde viemos?” e “Para onde vamos?”, muitas vezes na história a Humanidade também se perguntou: “Estaremos sozinhos?”.

A vida na Terra, hoje se sabe, começou há uns três bilhões de anos, quando moléculas puseram-se a dançar uma valsa química para formar as primeiras criaturas vivas. Estas formas primitivas eram muito resistentes a atmosferas que hoje consideraríamos altamente tóxicas, mas um ingrediente tido como primordial à vida esteve presente: a água.

Temos mantido a água no patamar mais alto dos pressupostos básicos para a biologia, condicionando a vida à existência desta substância, seja qual for o seu estado da matéria. Mas será que a água sempre será imprescindível para a existência de seres vivos, por mais distante e esquisito que possa parecer um planeta?

Nas últimas décadas, muitas pesquisas vêm sendo feitas no sentido de encontrar outras formas de vida, desconhecidas até então pela nossa ciência. Pelo menos um mundo estranho, habitado por criaturas de aparência bizarra, tem sido mapeado por equipamentos e expedições perigosas, em busca de entender a variedade da vida no Universo. Trata-se do fundo do mar.

São áreas incrivelmente profundas, entremeadas de fossas abissais, em que pululam, por mais improvável que possa parecer, formas de vida que suportam situações extremas de temperatura, pressão e acidez: os chamados extremófilos. Estes seres, até há pouco desconhecidos, são um dos mistérios que a biologia (e, principalmente, a astrobiologia) vem desvendando nos últimos tempos. São seres capazes de desafiar a nossa noção sobre onde se pode encontrar vida e sobre como a vida pode se superar, em todos os sentidos.

São essas criaturas que dão ânimo a muitos pesquisadores, no sentido de seguirem buscando por vida em outros planetas e sistemas solares, na esperança de encontrarmos, fora de nosso cômodo lar, seres que possam dar baixa de nossa condição de solidão no mundo. Podemos pelo menos pensar que, se em nosso próprio planeta há seres vivos que suportam tamanhas forças destrutivas, que criaturas não estarão por revelar-se neste mundo afora, longe de nosso pequenino lar?

 

Daniel Martinez de OliveiraDaniel Martinez de Oliveira é graduado em história e mestre em antropologia pela UFF, onde também faz seu doutorado. Realizou pesquisas sobre a Umbanda, o Santo Daime e o Caminho de Santiago. É antropólogo e historiador do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e administrador substituto do Palácio Rio Negro (Petrópolis). Além de ser professor universitário, deu aulas de espanhol por mais de dez anos. Nascido e criado em Nova Friburgo, após três anos de trabalho no Museu de Arqueologia de Itaipu, em Niterói, adotou Petrópolis para trabalhar e viver com a família. É mochileiro de carteirinha e adora ler e escrever poesias.

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