A ilustradora e quadrinista Helena Cunha acaba de ser indicada ao 33º Troféu HQMIX, em cinco categorias. Os indicados agora irão para votação do júri nacional, formado por mais de dois mil profissionais da área de quadrinhos.
Nascida em Três Rios, Helena se mudou para Petrópolis ainda criança e nesta fase começou a se interessar por quadrinhos com a Turma da Mônica, que a ajudou a aprender a ler. “Conforme o tempo passou eu parei de me interessar por quadrinhos. Eu não conhecia direito a área, então para mim eram histórias infantis ou de super heróis. Eu voltei a me interessar quando estava na faculdade de Cinema, porque eu adorava desenhar os storyboards e pensar em como conduzir as histórias de uma maneira visual. Nessa época eu comecei a frequentar a sessão de quadrinhos das livrarias e vi que eu estava completamente errada sobre só ter histórias infantis e de super heróis. Tem para todos os gostos. Quadrinhos é só a forma de contar a história, não tem nada a ver com o conteúdo”, conta a quadrinista.
Helena concorre nas categorias Web Quadrinhos, Publicação Independente Edição Única, Edição Especial Nacional, Publicação Juvenil e Novo Talento Roteirista com o livro “Boa Sorte”, que foi publicado de maneira independente. “Boa Sorte” conta a história de Julieta, uma adolescente que estava começando a entender sua identidade e sexualidade e se abrir para as novas experiências que a adolescência traz, quando teve seu processo de autoconhecimento interrompido pela morte de sua irmã mais velha, Laura. Forçada a ir morar com a avó em uma cidadezinha esquecida pelo mundo, ela escreve para a irmã sobre a nova rotina, as frustrações, os novos amigos e seu interesse por meninas. “É uma história sobre coisas tristes, mas não é uma história triste. Eu gosto de histórias de amadurecimento, não importa o formato. Para Boa Sorte, a maior inspiração foi o documentário Elena, da Petra Costa. Além disso gosto das HQs Cicatrizes, do David Small e Retalhos, do Craig Thompson”, explica.
