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História

[Você sabia?] Saint-Exupéry esteve em Petrópolis

Na década de 1930, o escritor, ilustrador e piloto de avião Antoine de Saint-Exupéry encontrou em nossa cidade um local para descansar e passar as férias: a “La Grande Vallée”,  casa de seu amigo piloto Marcel Reine na Rua das Acácias, em Itaipava.

Reine, que integrava o grupo Latécoère e depois Aéropostale, fazia escalas no Rio de Janeiro e acabou descobrindo a serra e adquirindo uma vasta terra em Itaipava. O reduto se tornou ponto de encontro dos jovens pilotos, entre eles Saint-Exupéry.

Foto: reprodução Facebook La Grande Vallée e O Pequeno Príncipe

Desde a década de 1940, a residência pertence à família de José Augusto Wanderley, e no ano passado se tornou uma espécie de museu celebrando a memória dos grandes pioneiros da aviação mundial e homenageando a companhia Aéropostale, a primeira a fazer a distribuição de cartas por avião da Europa para a América do Sul.

Dizem que foi nessa casa que Saint-Exupéry teria escrito e ilustrado parte de sua maior obra, “O Pequeno Príncipe” e que, ao desenhar a jiboia que engoliu o elefante, o autor teria se inspirado na Pedra do Elefante, no Taquaril, paisagem que é vista da entrada do Ribeirão e por onde o escritor passava sempre que ia a La Grande Vallée.

Contudo, de acordo com Mônica Cristina Corrêa, especialista na obra de Saint Exupéry, é improvável que o autor tenha escrito alguma coisa do Pequeno Príncipe por aqui. “Uma questão de datas: ele esteve na região ente o final de 1929 e 1930. O livro foi escrito em 1943, em Nova York. Foi seu último livro e certamente teve a influência de toda a sua vida, incluindo-se a passagem por Itaipava. Mas não podemos afirmar com segurança quais inspirações ele possa ter tido do local”, explica.

O livro conta a história de um menino que vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Havia também uma flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranquilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.

“O Pequeno Príncipe” é o livro em língua francesa mais famoso do mundo, já tendo ultrapassado a marca dos 140 milhões de cópias vendidas, publicado em mais de 160 idiomas e dialetos. É a terceira obra mais traduzida do planeta, só ficando atrás da Bíblia e de “O Peregrino”, livro cristão escrito no século XVII. Algumas de suas citações mais marcantes, vocês podem conferir abaixo:

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”.

“A perfeição não é alcançada quando não há mais nada a ser incluído, mas sim quando não há mais nada a ser retirado”.

“Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”.

“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

“Se tu choras por ter perdido o sol, as lágrimas te impedirão de ver as estrelas”.

Segundo informações do Guia de Itaipava, no ano do centenário do nascimento de Saint Exupéry, em 2000, foi colocada uma placa comemorativa (na hoje denominada Praça Lourival Cavalcanti Wanderley) e construído um painel de azulejos para decorar uma fonte de pedras com a figura do Pequeno Príncipe (imagem que ilustra esta matéria), na reprodução de um desenho do livro. Abaixo da figura, foi escrita a frase “o que torna belo o deserto é que ele esconde um poço nalgum lugar”. Na placa em sua homenagem, consta: “Homenagem ao escritor e aviador no centenário de seu nascimento, marcando sua passagem pelo Vale do Ribeirão, La Grande Vallée nas décadas de 30 e 40, para orgulho das terras de Itaipava”.

2 Comentários

  1. Sou muito apreciador de Saint-Exupéry autor do livro (le petit prince)

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