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Cidade

Editorial: Anatomia de (mais) uma tragédia em Petrópolis

Em 2011, Petrópolis, assim como outras seis cidades da região serrana do Estado, sofreu com a tragédia que devastou o Vale do Cuiabá, em Itaipava. Antes mesmo dos moradores do município se recuperarem psicologicamente do que ocorreu em janeiro daquele ano, outra vez, a chuva provoca estragos na Cidade Imperial.

As casas que foram prometidas na época pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador do Estado Sérgio Cabral não saíram do papel e o valor gasto com aluguel social passa de 86 milhões de reais. A explicação para essas catástrofes é sempre a mesma: choveu muito, mais que o esperado.

A previsão de chuva para o mês de março deste ano em Petrópolis, segundo a Defesa Civil do Estado do Rio, era de 270 milímetros. Em algumas áreas, como no bairro Quitandinha, entre o domingo (17) e a segunda-feira (18) foi registrado acúmulo de 390 milímetros.

O fato é que: se a cidade não se prepara para as fortes chuvas, mais e mais pessoas vão morrer a cada ano devido às tragédias. Essa matemática parece simples: é possível que os mesmos problemas voltem a se repetir no verão seguinte no município, que tem um histórico relevante quando se trata de acidentes naturais.

chuvas

Em Petrópolis, após a tragédia ocorrida no Vale do Cuiabá, foi prometido pelos governos Municipal, Estadual e Federal, que no bairro Mosela seriam construídos 112 novos apartamentos e quatro unidades de comércio. Segundo a Secretaria Estadual de Assistência Social, após dois anos do ocorrido, 876 famílias continuam recebendo o aluguel social e não sabem quando vão poder contar com as casas próprias que foram prometidas.

Segundo o relatório publicado pela Comissão de Acompanhamento da Recuperação da Região Serrana do Rio de Janeiro, elaborado pela Assembleia Legislativa do estado e publicado em dezembro de 2012, por mês são gastos 3,6 milhões de reais com o pagamento do aluguel social a 7.479 famílias, será que com esse dinheiro seria possível construir as moradias? De acordo com a revista Veja, a resposta é: sim. Com a verba gasta em pagamento de aluguel social seria possível construir mais de 1.515 casas populares.

Um Comentário

  1. Os governantes ficam com aquela carinha de velório, anunciam verbas, anunciam medidas e nada ocorre de fato. Precisam desta máquina, desta indústria das chuvas, assim como da indústria da seca do nordeste. Seus compromissos são com os espoliadores do povo, as empreiteiras, os empresários. No nordeste, as pessoas estão hoje, 19/03, apelando para São José que mande chuva, só ele poderá amenizar a seca. Aqui, apelamos pra Deus mesmo que segure nossas casas. A presidenta disse que seriam necessárias “medidas mais drásticas”, mas quais foram as medidas anteriores? Talvez ela e o governador queiram explodir os barracos ceifando a vida dos pobres que insistem em viver neste mundo.

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