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Cidade

Empresa petropolitana é uma das vencedoras do Prêmio Rio Export

A GE Celma foi uma das nove empresas que receberam o Prêmio Rio Export, que destaca o desempenho das indústrias do Rio de Janeiro em suas relações com o mercado externo. O prêmio avaliou os resultados de 2013 a partir de dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Na ocasião, também foi realizado o seminário “Mercosul: Cenário Atual e Futuro do Bloco”, que debateu o momento de crise do bloco e as incertezas geradas na indústria.

Na abertura da premiação, o vice-presidente do Sistema Firjan, Carlos Mariani Bittencourt, destacou que o “Rio Export tem o objetivo de valorizar e estimular o desempenho das indústrias fluminenses em busca da consolidação da cultura exportadora”.

Além disso, Mariani lembrou da importância do debate sobre o Mercosul e entregou ao diretor do Departamento de Negociações da SECEX/MDIC, Márcio Luiz de Lima, um documento elaborado pelo Sistema Firjan para que chegue às mãos do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges. Em nome dos associados da Indústria, o documento expõe a apreensão diante das dificuldades dessa integração.

No documento entregue, a Firjan lembra que após 23 anos da criação do Mercosul, o bloco continua sendo prioritário para a indústria brasileira. Nos últimos dez anos, a corrente de comércio entre o Brasil e os países membros cresceu cerca de 200%. No entanto, nos últimos anos, a agenda econômica do Mercosul foi substituída por agenda essencialmente política, o que evidencia a atual paralisia do bloco.

Por força dos diversos problemas, o fluxo comercial do Brasil com os demais parceiros caiu 6% entre 2011 e 2013, com queda de 9% nas exportações brasileiras para o bloco no período. Diante do cenário, a Firjan considera fundamental a retomada das reuniões de todos os organismos do Mercosul, além de defender o avanço das negociações de livre comércio com terceiros países.

No seminário, a diretora do Centro de Estudos de Integração Internacional (CINDES), Sandra Rios, apresentou o painel “Mercosul: É hora de rever o modelo?”. Para ela, diversas questões influenciam no momento de crise do bloco e a posição do Brasil dentro dele, mas o Mercosul nunca chegou perto, de fato, de ter união aduaneira. “Quando discutimos um modelo de bloco, é preciso levar em consideração a disposição e a disponibilidade dos países em cumprir os acordos. A TEC (Tarifa Externa Comum) do Mercosul tem representado custos desnecessários e perda de competitividade para todos os países”.

Márcio Luiz lembrou que, apesar de todos os problemas enfrentados, o Mercosul ainda absorve a maioria dos produtos manufaturados do Brasil, principalmente a Argentina. Segundo ele, o ministério acredita que o necessário agora é tentar flexibilizar o processo interno de decisão do bloco, levando em conta as características diversas dos países que fazem parte dele. “Estamos estudando uma maneira de melhorar processo decisório, para que seja mais dinâmico”, declarou. Para ele, eliminar a TEC não é a solução, já que traria instabilidade para diversos setores da indústria.

O debate foi mediado pelo diretor do Centro Internacional de Negócios, Amaury Temporal. Também participaram Jean-Marc Lecenete, diretor de Relações Corporativas da PSA Peugeot Citroën, e Lúcia Maduro, membro do Conselho Empresarial de Relações Internacionais e Consultora da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

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