No próximo domingo (2), os cemitérios municipais serão abertos uma hora mais cedo, a partir das 7h, para receber os visitantes. Às 10h, no Cemitério Municipal haverá a tradicional missa campal. Para facilitar o acesso do público, durante o horário de funcionamento do cemitério (sábado, das 8h às 18h, e domingo, das 7h às 18h), a Rua Fabrício de Mattos será fechada. Uma equipe da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) atuará no local, juntamente com a Polícia Militar e a Guarda Civil. Além disso, 43 funcionários treinados estarão disponíveis nas unidades para orientar as pessoas.
Para este ano, são esperadas 20 mil pessoas nas sete unidades. “Estamos intensificando há dois meses a manutenção em todos os cemitérios municipais para receber com toda segurança e conforto a população”, explica o secretário de Administração e Recursos Humanos, Henrique Manzani. No dia 2, além de uma ambulância de plantão, haverá também no Cemitério Municipal uma van que levará gestantes, idosos e pessoas com dificuldade de locomoção à parte superior do local. “Temos um escritório com registros informatizados dos túmulos, o que garante aos visitantes acesso rápido às informações que necessitam”, completa. Durante todo o ano, a Secretaria de Saúde faz o controle dos vasos de flores e substitui a água por areia para evitar a proliferação de larvas do mosquito da dengue.
Curiosidades
Apesar de no Cemitério Municipal estarem enterradas personalidades como o Marechal Hermes da Fonseca, Stefan Zweig, Flávio Cavalcanti e Major Júlio Frederico Koeler, entre outros, as visitas ao local são cada vez menores. Segundo Ulisses Sampaio, administrador dos cemitérios da cidade, a razão para isso pode ser cultural. “Com o passar do tempo, as pessoas não visitam mais os túmulos de seus familiares, não levam adiante um costume praticado por pessoas mais antigas. Essa prática está se perdendo”, conta. O local possui 8.172 covas, 2.430 gavetas e 1.500 covas rasas.
O túmulo mais visitado atualmente é de Francisco José Alves Souto Filho, mais conhecido como Anjinho, que recebe brinquedos em sua campa diariamente. Trata-se do neto do Visconde de Souto, amigo próximo de D. Pedro II, morto no final do século XIX e que, segundo relatos daqueles que acreditam, realiza milagres.
Entre os fatos curiosos envolvendo o Cemitério Municipal também está o fato de o corpo do único embaixador americano enterrado no Brasil, Edwin Vernon Morgan, estar lá. Ele residiu na cidade durante 22 anos, até sua morte, na década de 20.
