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[Coluna de opinião] Mudança climática ou inconsequência humana?

por Paulo Klingelhoefer de Sá

Muito se fala sobre as atuais condições climáticas e os diversos eventos associados: estiagem prolongada com seca e falta d’água ou enxurrada com alagamentos e deslizamentos. É certo que os eventos climáticos estão se tornando cada vez mais frequentes e vários recordes são batidos a cada dia. Mas, o quanto nós, seres humanos, seres dotados de consciência e inteligência, tornamos os fenômenos climáticos mais acentuados em suas consequências? Eis a questão.

Nesse momento estamos vendo uma estiagem recorde no Brasil. A consequência? Falta d’água, prejuízo na produção de alimentos, destruição de ecossistemas e acentuação dos danos sociais por força da desigualdade sócio-historicamente construída.

Em Petrópolis, um município tradicionalmente caracterizado por forte incidência de chuvas e com grande manancial de água, hoje também vive o drama da falta d’água, com estiagens prolongadas e aberrantes.

A consequência foi o aumento de incêndios colossais, que destruíram mais de 3.000 hectares de vegetação e matou milhares de animais. Um dano que para ser revertido levará cerca de 30 anos. Mas, resta a pergunta, combustão espontânea ou mais uma inconsequência do homem? Pois é, no caso da Região Serrana, a maior parte dos incêndios foi provocada pelo homem.

Não se pode acusar apenas um tipo de conduta como queimar lixo verde. Diga-se de passagem, muito lixo verde é queimado por ordem dos próprios veranistas da região e não por agricultores locais como se pensa. Além do cigarro despretensioso lançado para fora do carro, ou até pela queima de fogos para comemorar a vitória de um time ou aniversário de alguém. Por uma ou por outra razão, se faz a associação entre displicência e falta de consciência do ser, supostamente inteligente, com o seu entorno. Por quê?

Será que é por força de passar a maior parte do tempo com os seus olhos fixados em uma tela ou telinha, se envolvendo apenas com um mundo virtual e esquecendo da realidade que vos cerca?

O noticiário mostra a seca e as queimadas, mas o sistema de saúde sente os efeitos desse estrago com a elevação de doenças de veiculação hídrica por força de utilização de água inadequada para quem o acesso ficou muito restrito, os pobres, é claro. Diarreia, doenças respiratórias, alergias, crises de asma e bronquite, emergências lotadas e a vegetação queimando, destruindo a cobertura vegetal que nos é preciosa para evitar a seca.

Até quando permaneceremos nesse estado de alienação patológica frente ao que está ocorrendo? Será que se resolve isso com multa e prisão dos criminosos? Ainda acreditamos nesse tipo de sociedade? Só atuamos depois do dano? De que serve algumas pessoas presas, mas hectares e hectares de ecossistemas destruídos que levarão 30 anos para se recuperar? Continuamos a olhar para as nossas telinhas, mas recomendo olhar para o céu também, antes que ele caia sobre nossas cabeças.

Paulo Klingelhoefer de Sá é coordenador do curso de medicina da Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase.

As opiniões contidas não representam a opinião do site; a responsabilidade é do autor da publicação.

Um Comentário

  1. Não há existe falta de aguá e nem aquecimento global! Se falta aguá, pra onde é que ela está indo? E porque locais desertos, neles estão surgindo mares e lagos? E somente observar que os grande lagos e rios é que estão secando! Já os pequenos não, e nas regiões de serra onde não existem lagos a vida continua normal – Na verdade existem no espaço satelites com armas de aquecimento que apontam seus raios para estes lagos e o fazem evaporar, e os aviões que passam no espaço lançando sus fumaças! Na verdade são componentes quimicos e ácidos que ajudam a estas armas aquecer os rios e lagos, vemos em outras regiões o efeito contrario, isto porque os donos dos satelites querem assim. NÃO FALTA AGUA! CAVE UM POÇO E ENCONTRARAS AGUA A VONTADE – OS POÇOS NÃO ESTÃO SECANDO – SOMENTE OS RIO E LAGOS! PORQUE???.

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