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Cinema

[Crítica] Deadpool (2016)

Há tempos que não via uma sala de cinema tão cheia a ponto de não conseguir sentar ao lado dos meus amigos, mas foi isso que aconteceu na sessão de Deadpool, que mal estreou e já é um grande sucesso de bilheteria.

Na história, o ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.

Embora o humor esteja frequentemente presente nos diálogos dos filmes da Marvel, em Deadpool é o carro-chefe. É uma piada atrás da outra, ora fazendo referências a outros filmes e personagens, ora nas expressões de Reynolds.

As risadas já começam na abertura que conta com uma cena de ação e congelamentos, que vai apresentando os personagens de forma bastante, digamos, sincera: “um perfeito idiota”, “uma mulher gostosa”, “um vilão britânico”… Num tom irônico reforçado pela trilha sonora, que vai de “Angel of the Morning”, de Juice Newton, a “Careless Whisper”, de Wham!.

O protagonista virtuoso, o melhor amigo companheiro e a namorada boa moça são substituídos por um cara egoísta e irônico (que não perde a chance de zoar seja quem for), um amigo que prefere “não se meter” numa situação perigosa e uma namorada que o conquista com um diálogo sobre quem sofreu mais na vida. E é isso que o público quer ver. Personagens que se sabem imperfeitos e não tem a menor pretensão de mudar isso, pelo contrário, usam isso a seu favor e conseguem entreter da melhor maneira possível.

Saber rir de si mesmo foi o melhor remédio para Ryan Reynolds, que, em “Deadpool”, definitivamente se redimiu por “Lanterna Verde”.

Em suma, “Deadpool” é a garantia de boas risadas para o público mais velho (já que não é recomendado para menores de 16 anos). Vale a pena conferir!

O filme está em cartaz no Cine Bauhaus, com sessões dubladas às 14h30 e 19h, e legendadas às 16h40 e 21h10; e no Cinemaxx Mercado Estação, 15h, 17h e 21h (dubladas) e às 19h (legendada). A classificação é 16 anos.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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