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Cinema

[Crítica] Batman Vs Superman – A Origem da Justiça (2016)

Ao colocar dois dos maiores personagens das histórias em quadrinhos juntos num mesmo filme, é inevitável que haja uma expectativa por parte não só dos fãs das HQs como também do público em geral que gosta deste universo. Ainda mais uma produção cujo orçamento ultrapassa a marca de 400 milhões.  É muita coisa em jogo.

Embora “Batman Vs Superman – A Origem da Justiça” tenha recebido críticas negativas e dividido opiniões, sua estreia quebrou recorde no Brasil e nos Estados Unidos, tornando-se a sexta maior bilheteria de pré-estreia da história do cinema, na frente de “Vingadores: Era de Ultron”, ou seja, a produção não só sugere uma rivalidade entre os personagens, como fomenta uma ainda mais antiga: Marvel Vs. DC Comics.

Portanto, se você está acostumado com o clima irreverente característico dos filmes da Marvel, pode ser que você sinta falta disso neste filme. O longa é mais sério, mais sombrio, e não dá espaço para diálogos cômicos, o que, na minha humilde opinião, foi uma escolha bem mais adequada para esta história. Afinal, não dá para imaginar um Batman sarcástico como um Homem de Ferro, né? O personagem é muito soturno, ficaria “forçado”…

Aliás, uma das minhas curiosidades era ver Ben Affleck (que já havia interpretado o Demolidor) no papel e ele não decepcionou (ainda mais se compararmos com o Batman bem-sucedido e ainda recente de Christian Bale). Esse Batman mais velho (em forma!) e amargurado lhe caiu muito bem, e felizmente a voz baixa e rouca característica também estava lá.

Em compensação, o Lex Luthor de Jesse Eisenberg já tem esse lado mais engraçadinho e medroso, já que mesmo sendo um vilão, mostra-se maricas diante dos rivais. Já a atuação de Henry Cavill como Superman é apenas razoável, mas parece que esse detalhe é deixado de lado pela (imensa) beleza do rapaz. Por sua vez, a Louis Lane morna de Amy Adams mantém o papel de donzela em perigo que teme pelo amado.

O filme começa com um ritmo lento, aproveitando o gancho do final de “O Homem de Aço” e apresentando um pouco da história do Batman e dos outros personagens, contextualizando a trama. Superman é endeusado por uma parte da população e temida por outra, que o vê como uma ameaça, já que ele é um alienígena superpoderoso vivendo entre humanos. Bruce Wayne faz parte deste grupo que o vê como uma potencial ameaça e é assim que vai surgindo um conflito entre eles. A tão esperada “luta” entre o Batman e Superman acontece mais para o final, mas não é a principal do filme como o título sugere (e como o último trailer já havia mostrado também). O conflito entre eles é até rápido, se pensarmos que o longa tem 152 minutos de duração, e é resolvido de uma forma meio boba, para que eles logo unam forças na luta contra uma nova ameaça que surge.

Porém, quem se destaca é a Mulher Maravilha de Gal Gadot. Embora não apareça muito, sua presença é marcante, especialmente quando ela aparece toda poderosa com a roupa da personagem para ajudá-los na luta contra o “Apocalipse”. A brevíssima aparição de Aquaman também me agradou.

Cenas grandiosas de luta, efeitos especiais, trilha sonora que casa perfeitamente com o clima da história… todos os elementos de uma super produção estão lá. O filme cumpre muito bem o seu papel de entreter.

Independente das críticas, Batman Vs Superman empolga o suficiente para deixar o público ansioso pelo filme de A Liga da Justiça que está por vir.

E que venha logo!

https://www.youtube.com/watch?v=qSukF1JcD4Y

O filme está em cartaz em todos os cinemas de Petrópolis. Veja os horários aqui.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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