(Fotos: Caio Garin)
No último domingo (10) foi comemorado o Dia Mundial das Boas Ações e reuniu centenas de pessoas na cidade, que participaram de 40 boas ações coordenadas pelo Transforma Petrópolis, em diversos locais. O grupo Fazemos a Diferença, por exemplo, realizou um mutirão de limpeza no Castelinho, no Morin. Ao todo, 28 voluntários percorreram os 2,6 km da trilha, recolhendo todo lixo encontrado pelo caminho. Foram retirados 19 sacos de lixo.
Este ano, o Brasil foi a capital mundial do Dia das Boas Ações, que aconteceu em 40 cidades brasileiras, com o objetivo de incentivar o trabalho voluntário e a prática do bem, para melhorar a vida dos outros e afetar positivamente o mundo. “O Brasil foi escolhido como foco pois acreditamos em seu potencial para o trabalho voluntário e no seu poder de influência”, afirma Kaynan Rabino, CEO mundial do Dia das Boas Ações, iniciativa que surgiu em Israel, em 2007.
Ao todo, mais de 200 ações foram colocadas em prática em grandes capitais, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Petrópolis não ficou atrás e mostrou seu potencial de mobilização, com a participação de mais de 30 instituições e projetos sociais que ofertaram 40 oportunidades de fazer o bem, sendo voluntário, se engajando ou participando de boas ações. Entre as iniciativas sociais estão: contação de histórias, horta comunitária, plantio de árvores, cortejo poético, ações de gentileza pelas ruas, arrecadação de donativos, eventos beneficentes, visitas a asilos e creches, ações de proteção animal, limpeza de trilhas, palestra sobre empregabilidade para jovens, solidariedade com população de rua, melhorias nas instalações de ONGs, campanhas de conscientização além de atividades culturais gratuitas ao longo de todo o dia na Praça da Liberdade, no Centro Histórico.
Na ocasião, a ONG Instituto Emanuel, que trabalha com deficientes auditivos e seus familiares, convidou voluntários para contribuírem com a pintura das suas instalações. “O Rodrigo CB mora aqui no Caxambu. Ele não só deixou a nossa fachada linda, com sua arte, como raspou o muro, trouxe tinta de casa e usou os sprays dele. Fez um trabalho maravilhoso e disse ainda que vai dar um workshop de grafite para os deficientes auditivos e surdos!”, comemorou Vânia Cristina do Nascimento, responsável pelo Instituto Emanuel. “Além dele, recebemos outros voluntários para pintar de azul a nova área que construímos em mutirão nos fundos. E a tinta azul foi doação, bem na cor da nossa ONG!”, complementou.
Já o professor e artista plástico Rodrigo D’Almeida se voluntariou na organização do cortejo poético no bairro Independência. “Presenciei várias cenas incríveis neste dia, uma delas foi quando uma das crianças do cortejo foi abordada por uma senhora no comércio, que pediu para esta criança 2 reais. A criança respondeu que não tinha e, ato contínuo, deu à senhora uma flor de papel crepom, que confeccionaram para doar no cortejo. E a senhora respondeu com um enorme sorriso: mas, minha filha, isso é mais que dois reais! Não vou me esquecer disso”, contou.
O borracheiro José Antônio também contou sua experiência. Ele estava andando na rua quando foi surpreendido pelos voluntários do TEDx Petrópolis com uma gentileza e um pedido de passá-la adiante. “Achei bom, achei legal receber uma gentileza. Vocês foram muito gentis comigo, obrigada pelo chocolate. Isso, nunca me aconteceu, tocou meu coração. Às vezes, não tenho ninguém para conversar. Até a família, às vezes, só quer saber de coisas materiais. Vou passar para todo mundo isso que eu vivi hoje.”
A Associação Petropolitana dos Pacientes Oncológicos (APPO), por sua vez, decidiu abraçar o Lar São João de Deus, em Itaipava. Com 15 voluntários, durante toda a tarde cerca de 75 idosos e seus familiares puderam aproveitar o dia com a interação entre os voluntários levados pela APPO e os senhores e senhoras da instituição. “Cada voluntário auxiliou um idoso a jogar bingo e ambos ficaram felizes com a troca de carinho e atenção mútua, momentos de alegria e muito amor. Em seguida, foi servido um delicioso bolo com refrigerante, doados pela APPO”, conta Patrícia Portugal, coordenadora de projetos da APPO.
