Na manhã desta sexta-feira (13), um cavalo de uma charrete caiu durante um passeio no Centro e não conseguia se mover, pois estava quase sendo enforcado. O caso foi filmado e rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, causando uma grande revolta entre os internautas.
Para a vereadora Gilda Beatriz, o vídeo (que pode ser visto aqui) é a prova incontestável de que a exploração animal tem que acabar. “Hoje, mais uma vítima de maus tratos cai no centro histórico assim como o Falcão, em 2013. Desde então, estou lutando como apoio dos protetores para acabar com esse desserviço em Petrópolis! Mais uma vez, assim como fiz em 2013 e venho fazendo rotineiramente, estou oficiando os órgãos de fiscalização do Município para saber como as coisas puderam chegar a esse ponto, e noticiando o Ministério Público sobre isso. Sr. Prefeito, Petrópolis não aguenta mais a exploração animal, esses cavalos não merecem mais sofrer! São seres vivos que sofrem, que precisam ser libertados desse sofrimento”, comentou.
Em nota, a Coordenadoria de Bem Estar Animal informou que suspendeu temporariamente a licença concedida ao responsável pela vitória, até a conclusão da apuração dos fatos. O animal passou hoje por avaliação de veterinário e foi submetido a exames. Cabe acrescentar, ainda, que todos os cavalos das vitórias passam por exames periodicamente, tendo o último sido realizado em abril. Na ocasião, não foi constatado qualquer problema.
Já a Prefeitura de Petrópolis informou que desde 2004 o serviço de condução de charretes com finalidade turística na cidade é regulamentado e vem, desde então, sendo monitorado pelos setores públicos ligados aos cuidados com os animais (Secretaria de Meio Ambiente), ao trânsito (CPTrans), ao turismo (Fundação de Cultura e Turismo), à Vigilância Sanitária (Secretaria de Saúde). “A regularização da atividade passou por mais avanços em 2013, quando foi criada a Coordenadoria de Bem Estar Animal. O órgão, vinculado à secretaria de Meio Ambiente, adotou o mesmo sistema e parâmetro de fiscalização que acontece no serviço de charretes do Central Park, em Nova York e faz uma avaliação completa periódica em todos os cavalos que participam da atividade. Desde novembro de 2013 não há registro de ocorrência de maus tratos em relação a estes animais.
“Todos os cavalos são identificados por microchips, são obrigatoriamente vacinados, com laudo de sanidade emitido por veterinário. Os condutores recebem orientação sobre ferrageamento, exames clínicos, manejo alimentar e hídrico e fiscalização frequente e periódica nos abrigos onde os cavalos residem. Os condutores de vitórias também participam de curso de capacitação, ação em parceria da Fundação de Cultura e Turismo, Secretaria de Meio Ambiente – Coordenadoria de Bem Estar Animal e Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes – CPTrans.
“O conteúdo do curso contempla informações sobre história e atrativos turísticos de Petrópolis, atendimento de qualidade aos turistas, normas de condução e educação no trânsito, postura profissional, tratos com os cavalos e melhoria da linguagem durante as explicações aos turistas. O objetivo é capacitar os condutores de vitórias para oferecer atendimento de qualidade ao turista e prestar serviço com competência e eficiência, cuidando dos animais, além de ressaltar a importância da conscientização para o Turismo e para o Patrimônio da cidade.
“Este trabalho é pioneiro no país e recebeu o reconhecimento do Ministério do Turismo por meio do prêmio de Destaque no Turismo, onde um dos requisitos das avaliações foi a requalificação dos condutores das Vitórias. As ações desenvolvidas em Petrópolis inclusive se tornaram modelo para outras cidades: ano passado, Petrópolis recebeu a visita do Sebrae e da Prefeitura de Caxambú (MG) para constatarem as boas práticas do município com relação à organização do serviço do passeio em Vitórias e poderem aplicar o sistema em seus projetos”, encerrava a nota.
Tem que acabar com essas charretes. Esses animais não merecem ficar sofrendo E podem muito bem arranjar outros meios para os turistas passearem na cidade. Sou contra acho um absurdo.