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Agenda cultural

Segundo Festival da Latinidade acontece neste fim de semana

Em comemoração ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, lembrado no dia 25 de julho, neste fim de semana será realizada a segunda edição do Festival de Latinidade, no Centro de Cultura Raul de Leoni. Como parte da programação, neste sábado (23) acontece a Oficina de Toques de Berimbaus com vivência de roda para mulheres.

Cassiana Rodrigues demonstrará toques do berimbau tocado na capoeira angola e regional e comandará a roda.

Cassiana é natural de Curitiba-PR. Viveu no interior de São Paulo por mais de dez anos e foi lá que conheceu a capoeira. Aos quatorze anos teve o primeiro contato com essa arte brasileira. Ao ingressar na universidade, em Campinas-SP, a vivência como capoeirista se intensificou com o Grupo Cultural Semente de Esperança, nas aulas livres de capoeira.  Como integrante desse grupo desenvolveu atividades que envolviam outras linguagens artísticas como a dança, a música e o teatro popular. No ano de 2006 iniciou uma parceria de pesquisa histórica com outros dois integrantes do Grupo Cultural Semente de Esperança. Essa iniciativa foi premiada pelo edital Capoeira Viva, a primeira experiência do Ministério da Cultura em fomentar a capoeira no Brasil. Entre os anos de 2010 e 2013 foi aluna da Escola de Capoeira Angola Resistência – ECAR comandada pelo Mestre Topete. Nessa mesma época foi convidada a integrar a Orquestra de Berimbaus Navio Negreiro, comandada pelo Contra-Mestre Léo Lopes. Foi então que intensificou seu aprendizado com os instrumentos da capoeira, especialmente o berimbau. Como instrumentista, realizou apresentações em escolas, praças, associações de bairro e em quilombos. Desde então atua como educadora e recorre ao berimbau como referência ancestral.

A oficina também contará com a presença de Gracy Mary Moreira, bisneta de Tia Ciata e presidente da Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata (ORTC). A oficina é gratuita e aberta ao público.

Sobre Tia Ciata

Hilária Batista de Almeida nasceu na Bahia em 1854. Aos 22 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, no êxodo que ficou conhecido como diáspora baiana. Como muitas baianas da época, era uma grande quituteira e começou a trabalhar colocando o seu tabuleiro na Rua Sete de Setembro, sempre vestida de baiana. Com tino comercial, também alugava roupas típicas para o teatro e para o carnaval.

A Praça Onze ganhou o apelido de Pequena África, porque era o ponto de encontro dos negros baianos e dos ex-escravos radicados nos morros próximos ao centro da cidade. Lá se reuniam músicos amadores e compositores anônimos.

A casa de Tia Ciata, na rua Visconde de Itaúna 117, era a capital da Pequena África.

Dos seus frequentadores habituais, que incluíam Pixinguinha, Donga, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Sinhô e Mauro de Almeida, nasceu o samba. A música “Pelo telefone” foi o primeiro samba registrado, no final de 1916, e virou sucesso no carnaval de 1917.

Sobre o  Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra

A Lei nº 12.987/2014, foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola, que viveu durante o século XVIII. Com a morte do companheiro, Tereza se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada.

Confira a programação completa:

23/07 – Sábado

13h – Solenidade de abertura

13h30 – Roda de Conversa – Mulheres Negras no Poder (Teatro Afonso Arinos)

Participantes:

Soninha Maracanã – coordenadora de promoção de igualdade racial da Setrac/presidente do MUNEP

Lourdes Petronilho – Idealizadora MUNEP

Maria das Graças Fortunato Batista – Advogada trabalhista

Rosangela Castro – Educadora Social no grupo mulheres Felipa de Sousa/ ABL

Eduarda Ferreira – Advogada formada pela UNIRIO –Ativista

15h – Esquete Mulata Exportação (Teatro Afonso Arinos)

15h30 – Dança de Rua – Grupo Old School (Teatro Afonso Arinos)

16h – Filme – Indomável Sonhadora (Cine Humberto Mauro)

16h – Oficina de Turbante (Varandão) – Fabiana Torquato

17h – Oficina de Berimbau para mulheres com vivência de Roda (Varandão) – Cassiana Rodrigues com presença Gracy Mary Moreira – presidente ORTC e bisneta da Tia Ciata.

19h – Filme – Venus Negra (Cine Humberto Mauro)

20h – Grupo Só Damas (Varandão)

24/07 – Domingo

10h – Oficina de Toques (Sala Guiomar Novaes) – Rafael Valente

13h – Oficina com grupo cultural vozes da África – ProjetoTonOgbon (Sala Guiomar Novaes)

15h – Oficina de Turbante (Varandão) – Fabiana Torquato

15h30 – Filme – Historias Cruzadas (Cine Humberto Mauro)

16h – Oficina com Grupo Cultural Balé das Iyabás (Sala Guiomar Novaes)

18h – Filme – A Cor Púrpura (Cine Humberto Mauro)

19h – Encerramento com homenagem a Tereza de Benguela e distribuição de cordéis – performance da atriz Regina Guimarãez (Varandão Cultural)

25/07 Segunda-feira – Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra

19h – Prêmio Tereza de Benguela – homenagem às mulheres negras em movimento (Teatro Afonso Arinos)

*Programação sujeita a alterações

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