Nesta quinta-feira (20), o Cinema 360° exibe “Argila”, um filme de Humberto Mauro, que empresta seu nome à sala do Centro de Cultura Raul de Leoni, às 19h. O longa foi rodado no início da década de 1940 no Castelo São Manoel, que pertenceu ao lendário exibidor Francisco Serrador e lá havia instalado a sede da sua Companhia Brasileira Cinematográfica. No elenco, Carmen Santos, a diva do cinema brasileiro dos anos 1930 e com trilha sonora composta por Heitor Villa-Lobos.
Na história, admiradora de obras de arte e, em especial, da cerâmica de Marajó, uma jovem viúva compra uma cerâmica de objetos utilizados e a entrega a um talentoso artesão para que desenvolva suas habilidades artísticas. Apaixonado pela patroa, o jovem desfaz seu namoro com uma moça da região. Alertada pelo pai da moça sobre o acontecido, a viúva, apesar de amá-lo secretamente, recusa o amor do ceramista.
Sobre o Cinema360º
O Cinema360° é um conjunto de ações de exibição e difusão de obras audiovisuais dos mais diversos tempos e gêneros, desde salas de exibição a bares e praças. Em atividade desde 2008, é responsável pela retomada de exibições na galeria do Edifício Profissional, com sessões comemorativas à 1ª exibição de filmes feitos no Brasil ocorrida em 1897 onde antes se situava o Theatro Cassino Fluminense.
Desde 2011, o cineclube vem mantendo sessões mensais regulares na Sala de Cinema Humberto Mauro, em parceria com a Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis com programação de curta e longa metragens dentro de sessões temáticas e com debates com os realizadores após as sessões.
O foco da programação é o Cinema Nacional Independente ou de baixo orçamento, oferecendo ao público obras que geralmente ficam de fora das salas de exibição comerciais locais.
O projeto foi indicado ao Prêmio Maestro Guerra-Peixe de Cultura em 2015, na Categoria Especial.
A mostra “Uma câmera na mão e Petrópolis na cabeça” acontece de agosto a dezembro, nas terceiras quintas-feiras de cada mês, sempre às 19h, quando são exibidos curtas e longas metragens rodados, produzidos, inspirados em Petrópolis ou feitos por petropolitanos realizados desde 1940.
Esta pesquisa faz parte da dissertação de mestrado da coordenadora do Cinema 360°, Aline Castella, sobre as trajetórias do Cinema em Petrópolis desde 1897, defendida pelo Programa de Pós Graduação em Educação, Comunicação e Cultura da Universidade Estadual do Rio de Janeiro em outubro de 2015.
