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Cidade

Ato público em defesa dos direitos da mulher e contra a violência acontece nesta quarta

Inspiradas pela paralisação mundial que acontece neste Dia Internacional da Mulher, o coletivo de mulheres de Petrópolis, O Clã, promove um ato público em defesa dos direitos da mulher e contra a violência nesta quarta-feira (8), com concentração às 17h30, na Praça da Inconfidência.

Entendemos que apenas unidas poderemos mudar a realidade e portanto convidamos a todas e todos para participarem deste momento histórico e seguirem em marcha pela cidade para lutar por mais igualdade!”, convida o evento criado no Facebook.

Veja a programação:

Sobre a Greve Internacional de Mulheres

A Greve Internacional de Mulheres prevista para acontecer neste 8 de março conta com a adesão de quase 50 países. No Brasil, mais de 60 cidades (21 capitais) aderiram ao movimento. O objetivo é trabalhar em um movimento de ações unificadoras a serem realizadas em seus respectivos países. “Foi criada nas últimas semanas de outubro de 2016, logo após as greves promovidas por mulheres da Polônia e Argentina (unida a outros países latino-americanos) como uma resposta à atual violência social, legal, política, moral e verbal vivida pelas mulheres contemporâneas em várias latitudes”, informa o evento.

Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM registra 22 atendimentos em dois meses

Nesta semana, o Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM) levou às famílias dos bairros Retiro e Quitandinha, palestras de conscientização contra a violência doméstica. Com o tema “Quem bate em mulher machuca a família inteira”, as palestras abriram a programação de comemorações da Prefeitura pelo Dia Internacional da Mulher – 8 de março. O objetivo é reduzir os índices de agressões contra as mulheres. Nos dois primeiros meses deste ano o CRAM registrou 22 novos atendimentos – 10 deles em fevereiro.

A coordenadora do CRAM, Raquel Gonçalves Viana, lembra que as palestras são voltadas para toda a família. “A violência contra a mulher precisa ser combatida. Esta é uma realidade que interfere não só a vida da vítima, mas também na vida e na formação dos filhos e na rotina de toda família”, explica a psicóloga e coordenadora do CRAM, Raquel Gonçalves Viana.

Raquel lembra que o trabalho de conscientização também está sendo ampliado por meio de parceria com empresas, que disponibilizam espaço em suas unidades para palestras das equipes do CRAM aos funcionários. “É uma outra vertente da conscientização que tem tido boa receptividade. Já estivemos em uma cervejaria da cidade falando com 48 mulheres e voltaremos no mês que vem para uma nova apresentação com a participação dos homens. Estamos em contatos com lojas de departamentos e eletro eletrônicos, que também abrirão espaço para receber as palestras”, disse.

A coordenadora do CRAM destaca que empresas, associações de moradores, lideranças comunitárias e representantes de entidades interessadas em receber as palestras do CRAM devem entrar em contato pelo telefone: 2243-6152.

Agressões contra mulheres somam 118 novos casos por dia no estado do Rio*

Dados do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) revelam que 118 novos casos de lesão corporal contra mulheres são registrados diariamente nas varas judiciais. Nos últimos seis anos, foram ajuizadas quase 260 mil ações por lesão corporal contra mulheres, foram registrados cerca de 195 mil casos de ameaças contra mulheres e mais de 120 mil medidas protetivas de urgência foram expedidas pela Justiça fluminense.

O Tribunal de Justiça participa da Semana da Justiça pela Paz em Casa, criada pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, visando julgar o maior número de crimes relacionados à violência doméstica e de gênero. “A finalidade é tirar esse tipo de violência de gênero, arraigado na sociedade brasileira, do anonimato, da invisibilidade e chamar a atenção da sociedade para esse tipo de delito que, por incrível que pareça, ainda cresce em pleno século 21”, disse o juiz auxiliar da presidência do TJRJ, Marcelo Oliveira.

Para Oliveira, o número elevado de lesões praticadas contra mulheres é muito preocupante. Isso ocorre, explicou, apesar do esforço empreendido pelo legislador, quando criou a Lei Maria da Penha, e pelo Judiciário na aplicação das leis, buscando as medidas protetivas e tipificando o crime de feminicídio. O caminho, para o juiz, é buscar uma política de educação e confrontamento desse problema social grave nos bancos escolares, “tentando fazer com que essa sociedade possa rever essa situação de uma forma mais concreta”.

O juiz não tem dúvida de que o problema de agressões às mulheres resulta da falta de educação da população. “A desigualdade socioeconômica muito latente no nosso país faz com que esses números sejam tão alarmantes”. Ele disse que esse problema não pode ser atrelado somente à desordem urbana e que, talvez, em função da concentração populacional, os números sejam mais elevados nos grandes centros urbanos. “Mas a violência de gênero acontece em qualquer situação, seja no campo, na cidade, porque ela está arraigada na cultura machista brasileira, por razões históricas”.

Oliveira disse que a campanha do STF visa tornar o problema mais visível. “Que haja esse engajamento da sociedade na solução desse problema tão grave que nos aflige”.

*Fonte: Agência Brasil

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