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Cidade

Tragédia do Cuiabá completa sete anos

No dia 11 de janeiro de 2011, uma forte chuva devastou o Vale do Cuiabá. Mesmo com os recursos destinados ao apoio e reconstrução da localidade, muitas famílias ainda vivem a incerteza do aluguel social.

Em busca de soluções, o Movimento do Aluguel Social e Moradia realiza, nesta quinta-feira (11), uma caminhada em Itaipava relembrando a tragédia e cobrando os direitos dos que perderam tudo naquele dia e ainda vivem a incerteza do aluguel social.

A concentração será às 16h em frente ao Supermercado Bramil de Itaipava. De lá, os manifestantes seguirão em caminhada até o Shopping Estação. No retorno, está prevista uma oração ecumênica lembrando as vítimas fatais do Cuiabá.

“O sofrimento foi tanto que algumas famílias ficaram anestesiadas por alguns anos. Percebi isso nas inúmeras reuniões que realizamos com o movimento. Foi um trauma muito grande. Felizmente, isso foi mudando e as pessoas estão mais atentas, buscando seus direitos e cobrando das autoridades”, disse Cláudia Renata, líder do Movimento.

A atividade contará com o apoio do CDDH (Centro de Referência em Direitos Humanos de Petrópolis), da Comissão das Vítimas das Tragédias da Região Serrana e de membros dos movimentos por moradia de Areal e do Rio de Janeiro. Para Cláudia, a união dos movimentos é fundamental para encerrar o período de sete anos de promessas:

“Hoje é um dia de prece pelos que se foram e também de muita cobrança para que os direitos das vítimas sejam respeitados. Queremos que todas as promessas sejam cumpridas. Está demorando muito. Temos o apoio de movimentos de outras cidades, pessoas solidárias, que também querem que as promessas sejam cumpridas. O caminho é esse.”.

A tragédia

Em janeiro de 2011, chuvas causaram destruição e mortes na Região Serrana do Rio de Janeiro. Foram 918 mortos e cerca de 30 mil desalojados e desabrigados nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto, Areal e Sumidouro.

De acordo com informações da prefeitura, o município apresentou ao Ministério das Cidades projetos para casas populares em três áreas: Benfica (Itaipava), Vale do Cuiabá e Mosela que comportam 320 unidades. Os terrenos foram cedidos pelo governo do Estado ao município em 2011, mas não receberam nenhuma casa.

 

Obs.: A foto que ilustra a matéria foi feita um dia após a tragédia, no dia 12/01/2011

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