Nesta terça-feira (17), a Associação Petropolitana dos Estudantes (APE) promove um ato em frente à Câmara Municipal, às 15h30, pedindo a cassação do vereador Paulo Igor, presidente da Câmara, que foi preso na última semana na Operação Caminho do Ouro. Na ocasião, os estudantes também pretendem reforçar a pauta da educação na cidade.
Na manhã da última quinta-feira (12), o presidente da Câmara de Petrópolis, Paulo Igor, foi preso na operação Caminho do Ouro, contra crimes de fraude em licitação e peculato. Na casa dele, além de documentos, policiais apreenderam R$ 155 mil e U$ 10,3 mil. O vereador Dudu (PEN) também é alvo da operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, e a Polícia Civil, por meio da Delegacia Fazendária (DELFAZ), mas não foi encontrado até o momento.
De acordo com o MPRJ, “o presidente da Câmara, Paulo Carelli, com auxílio dos demais envolvidos, combinou com o empresário uma forma de direcionar a licitação 03/2011, que gerou contrato de R$ 4,49 milhões, firmado entre Câmara Municipal de Petrópolis e a empresa Elfe Soluções em Serviços LTDA. O objeto contratual era extremamente amplo e consistia na prestação de serviços de limpeza, conservação, higienização, reprografia, vigia, jardinagem, copeiragem, recepção, telefonia, motorista, manutenção predial e operação de áudio e vídeo, além de fornecer todos os materiais de consumo, equipamentos e insumos necessários para as atividades dentro a casa legislativa pelo período de 12 meses, a contar do dia 1º de janeiro de 2012.”
Em nota, a Câmara Municipal de Petrópolis informou que “o vereador Roni Medeiros (PTB), 1º Vice-Presidente da Casa, assumiu interinamente a presidência, tomando as medidas administrativas de urgência indicadas, com o respectivo afastamento dos vereadores Paulo Igor e Luiz Eduardo Dudu, conforme determinação judicial. No mais, a Mesa Diretora vai aguardar o desencadear dos fatos, salvaguardando o direito de defesa dos parlamentares envolvidos no episódio”.
Não tem um vereador digno em Petrópolis que dê início ao processo de cassação do preso e do foragido, ou como diria este último, “tamos juntos e misturados”?