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Educação

Aluna com paralisia cerebral cria versão da história dos Três Porquinhos para a política de Defesa Civil nas Escolas

Uma versão da história infantil dos Três Porquinhos com foco na prevenção de desastres de origem natural, trabalhando as ameaças de deslizamento de terra e vendaval. Foi dessa maneira que Roberta Ferreira da Costa, aluna da E.M. Paulo Freire, desenvolveu uma atividade dentro da política pública de Defesa Civil nas Escolas. A estudante possui paralisia cerebral, o que compromete o movimento do corpo e a fala, mas que não tira o sorriso do rosto e nem diminui a criatividade dela em sala de aula. Com a ajuda da professora, Roberta escreveu o texto digitando com os pés em um notebook. O exercício foi o primeiro de toda a rede municipal de ensino entregue para os responsáveis do programa.

A unidade escolar já estava desenvolvendo uma série de atividades com o tema dos Três Porquinhos com os 127 alunos atendidos. A ideia de integrar o tema a política pública de Defesa Civil nas Escolas surgiu com a professora Simone Guimarães, responsável pela turma da Roberta. Na sala dela são oito estudantes: cada um com uma deficiência diferente, mas todos eles conseguem ter autonomia no desenvolvimento dos trabalhos.

“A turma da Roberta é a mais avançada. São alunos mais independentes, que conseguem desenvolver melhor as atividades. A gente já trabalhava com eles a história dos Três Porquinhos, mas quando paramos para pensar, o tema possui uma relação direta com a Defesa Civil. A partir da história, procuramos explicar sobre as construções irregulares e como elas são perigosas”, explica Simone, que também é a elemento focal da unidade, sendo a responsável pela realização das atividades da Lei Municipal Defesa Civil nas Escolas na instituição.

“Falamos também sobre questões ambientais, como o corte irregular de árvore e o desperdício de água. É muito gratificante acompanhar o desenvolvimento de cada um dos nosso alunos. Acho muito importante que aprendam sobre Defesa Civil e percepção de riscos, trazendo para eles uma nova realidade e uma oportunidade de aprenderem sobre a cidade em que vivem”, disse a professora, que ajuda Roberta em sala de aula e na digitação das palavras, contando que a história demorou três dias para ser escrita.

Neste ano foram realizadas 170 atividades dentro da política pública de Defesa Civil nas Escolas. Além das 103 unidades escolares da rede municipal, participaram outras oito particulares e uma estadual, de forma voluntária. Foram 86 trabalhos sobre deslizamento de terra, 63 de inundação, 12 de tempestade de raios, seis de vendaval e outros três de rolamento de blocos rochosos.  A aplicação da Lei Municipal em sala de aula é um passo importante no desenvolvimento de uma cultura de resiliência na cidade, com a orientação das crianças sobre como se comportar em caso de ocorrências.

Município recebe prêmio em campanha nacional de redução de risco de desastres pelo Defesa Civil nas Escolas

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) vai premiar a prefeitura pela inserção dos temas Defesa Civil e Educação Ambiental nas escolas da rede municipal de ensino. A instituição vai entregar um pluviômetro semiautomático e um kit educativo para serem usados dentro da política pública, inédita no país. A contemplação acontece dentro da campanha nacional #EducarParaPrevenir, criado pelo órgão nacional para as melhores atividades do país focadas em ERRD – Educação em Redução de Riscos de Desastres.

O Cemaden busca premiar os projetos que tem como foco a prevenção de desastres, se propondo a desenvolver estratégias conjuntas entre o sistema educativo e o de proteção e defesa civil. O projeto utiliza critério pedagógico na construção de conhecimentos e na formulação de planos de contingência junto com as escolas.

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