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Turismo

Reforma da Catedral São Pedro de Alcântara prevê abertura da torre da igreja para visitação

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério do Turismo, aprovou o projeto de intervenções, proposto pela Mitra Diocesana de Petrópolis para a restauração da Catedral de São Pedro de Alcântara. A execução conta com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, por meio do BNDES Fundo Cultural, vai investir R$ 13,1 milhões para revitalizar a fachada e os ambientes internos do edifício, além de implementar uma galeria de exposições.

De acordo com informações do Ministério do Turismo, as obras estão previstas para começar em agosto. A restauração vai ser dividida em três ações. A parte externa abrange a recuperação da cobertura, do madeiramento estrutural, dos elementos de ornamentação e das calhas; bem como a recolocação das rosáceas. Além disso, as intervenções incluem a modernização da parte elétrica da igreja e a instalação do sistema de combate a incêndio. Também serão realizados o restauro e a requalificação interna, com recuperação de elementos artísticos.

Destaca-se no projeto a implantação de uma galeria expositiva nos dois primeiros pavimentos da torre que antecedem o sino. Nas cúpulas e agulhas neogóticas, serão instaladas uma passarela e telas de projeção, tanto para contar a história da construção do templo quanto para exibir documentos históricos da fundação da cidade. Esta nova área vai viabilizar o acesso do público à torre: no alto dos 70 metros de altura, exibe de forma panorâmica uma das vistas mais impressionantes da cidade.

“A catedral precisava passar por essa reforma porque apresenta estrutura que deve ser aberta para o público com toda a segurança”, disse o bispo da Mitra Diocesana de Petrópolis, dom Gregório Paixão, em entrevista à Agência Brasil. A Paróquia São Pedro de Alcântara é a gestora direta do patrimônio cultural do projeto de restauração da catedral, que tem apoio do BNDES, cuja participação representa 98% do investimento global, de R$ 13,4 milhões.

Dom Gregório Paixão ressaltou que se trata da restauração de um monumento que faz parte da história do Brasil e destacou um aspecto importante na construção da catedral. Segundo o bispo, foi uma obra que teve continuidade “por força muito forte das mulheres daquele período [Império], que a levaram adiante. Por isso, a obra tem também um viés da importância da presença feminina, que foi capaz de construir um prédio que, depois, se tornou um símbolo da cidade e um símbolo nacional”.

De acordo com o bispo, a catedral recebe cerca de 300 mil turistas por ano, e as visitas são gratuitas. A expectativa é que, após a conclusão das obras, o número de visitantes aumente 20% e 25%. O secretário de Turismo de Petrópolis, Marcelo Valente, enfatiza que a Catedral São Pedro de Alcântara é um dos principais atrativos turísticos e o mais procurado dentro do circuito religioso na cidade. “Nosso município recebe, por ano, mais de 2 milhões de turistas, e a preservação do patrimônio histórico e cultural é fundamental para continuarmos atraindo cada vez mais visitantes”, disse Valente.

Já o BNDES estima que, após o restauro, a catedral receberá cerca de 5,2 mil visitantes por mês. Na avaliação do BNDES, o projeto reforçará a vocação da cidade como polo de turismo histórico-cultural no Brasil. Com o aumento do turismo local, a perspectiva é de incremento anual à economia petropolitana em torno de R$ 10 milhões.

Com a restauração, será reaberto ao público o mausoléu onde estão os restos mortais de dom Pedro II, da imperatriz Teresa Cristina, da princesa Isabel, de seu marido, o conde d’Eu, e do primogênito do casal, dom Pedro de Alcântara, e sua esposa dona Elisabeth. Atualmente, as áreas superiores da catedral, que reúnem órgão, coro, torres e telhado, assim como o mausoléu, estão fechadas para o público.

Dom Gregório salientou também a importância das obras na catedral para a geração de empregos, uma vez que a ideia é contratar profissionais da própria região. Ele disse acreditar que muitas pessoas trabalharão na reforma, o que será muito positivo diante do crescimento do número de desempregados na região por causa do fechamento de vagas provocado pela pandemia do novo coronavírus.

Segundo o BNDES, durante a implantação do projeto, serão criados 40 empregos diretos nas obras de restauro e implantação da galeria expositiva.

Uma das novidades que a reforma trará será a abertura da torre da igreja ao público. “As pessoas não só vão ter uma visão panorâmica da cidade, mas poderão conhecer a história da catedral, de uma construção que se confunde com a própria história do Brasil”, disse dom Gregório. Ele destacou que a catedral, embora seja administrada pela igreja católica, é aberta a todas as pessoas, de todos os credos. “É patrimônio do povo brasileiro.”

Para dom Gregório, a segurança é uma questão fundamental porque boa parte dos visitantes é constituída de crianças de colégios de todo o estado. “Essas crianças poderão visitar o monumento de forma integral, terão uma visão geral sobre arte, sobre cultura, e de uma forma profundamente ecumênica”. A igreja está aberta ainda aos que quiserem participar das celebrações, rezar ou assistir a concertos musicais.

A próximo etapa será a abertura de licitação para escolha da empresa responsável pelas obras na catedral. Segundo o bispo, a obra deve ser concluída no segundo semestre do ano que vem.

*Com informações da Agência Brasil e Ministério do Turismo

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