Nesta semana, uma edição extra do Diário Oficial do Estado publicou um decreto do governador do Rio, Wilson Witzel, determinando que as aulas presenciais na rede de ensino privada poderão ser retomadas a partir do dia 14 de setembro. Já na rede pública, inclusive nas unidades de ensino superior, o retorno ficou para o dia 5 de outubro. Conforme o decreto, a previsão da volta das atividades escolares presenciais vale apenas para regiões que permaneçam em baixo risco de contaminação pela Covid-19 por, no mínimo, duas semanas seguidas antes da data prevista para a abertura.
Em vídeo divulgado pelo governo fluminense, o secretário de estado da Educação, Pedro Fernandes, disse que as datas seguiram orientação da área da saúde e que os retornos serão feitos com um terço da capacidade. Já a prefeitura do Rio informou que não há data definida para a volta às aulas na rede municipal. De acordo com a administração da capital, o decreto do estado é apenas autorizativo a todos os municípios, que devem decidir quando vão retornar as aulas.
Em uma rede social, o prefeito Bernardo Rossi publicou o seguinte comunicado: “Nosso município não tem previsão para o retorno das atividades escolares dentro das unidades de ensino. Quarta-feira, o Governo do Estado anunciou as datas do retorno das aulas das redes privada e pública por meio do Diário Oficial. Quero lembrar que desde o início da pandemia, cada município tem autonomia para determinar e regulamentar medidas de enfrentamento à Covid-19. A suspensão das aulas aqui na nossa cidade é válida para escolas públicas e privadas, nosso decreto continua valendo. Volto a reafirmar que não temos previsão para o retorno das atividades escolares e que criamos um grupo de trabalho que segue avaliando o momento ideal para o retorno, e como serão as aulas quando retornarem. Nossos técnicos da área da saúde estão avaliando diariamente o avanço da doença em nosso município. Nosso foco neste momento, sabendo que a pandemia ainda não acabou, é de preservar e proteger a vida dos petropolitanos. Faremos tudo com muita responsabilidade, pensando na saúde de cada um de nós”, disse.
Para o Sindicato dos Professores de Petrópolis e Região (Sinpro), as aulas só podem retornar se a doença estiver controlada. “Nossa reivindicação primeira é a de que as atividades presenciais só retornem em nosso município quando a doença provocada pela Covid-19 estiver controlada; sob a supervisão e orientação de órgãos sanitários referenciais, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), universidades públicas e órgãos municipais”, havia informado o sindicado em nota divulgada no último mês.
*Com informações da Agência Brasil
