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Projetos Sociais

Projeto investe na geração de renda para famílias do Vale do Carangola

Costurar é a nossa arte! Este é o slogan que chama a atenção para o trabalho desenvolvido por moradoras do Vale do Carangola, através do projeto Linhas do Vale. Há cinco anos, o trabalho das costureiras é realizado no formato de um coletivo, permitindo renda e formação para os habitantes locais interessados em aprender a costurar.

Com a chegada da pandemia, o projeto foi remodelado e passou a contar com a parceria do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto, que se tornou um cliente potencial, com demandas de confecção de máscaras e capotes, vestimentas utilizadas no atendimento ao público pelas equipes de saúde das unidades gerenciadas pela UNIFASE.

“Neste período, começamos a procurar uma forma de estabelecer este vínculo de trabalho associado à geração de renda na comunidade. Então, a demanda da instituição por estes equipamentos específicos gerou uma oportunidade e identificamos no Vale do Carangola este grupo que poderia confeccionar as peças. O objetivo das ações realizadas pelo setor de Extensão da UNIFASE é proporcionar às pessoas empoderamento, emancipação, independência e autonomia. Este projeto tem o objetivo de gerar autonomia e independência, através da geração de renda”, pontua Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da instituição.

O intuito da universidade é estabelecer um sistema de geração de renda para que os moradores da localidade não precisem contar diretamente com ações de assistencialismo, mas que estabeleçam a própria forma de subsistência.

A iniciativa teve início através da dedicação de Janice de Oliveira que, com mais de 46 anos de trabalho nas máquinas de costura, conseguiu realizar diversos sonhos pessoais, dentre eles, mudar a realidade de algumas famílias ao ensinar donas de casa o ofício da costura, para que possam ser inseridas no mercado de trabalho. “Na minha opinião, o bairro não é carente apenas financeiramente, mas também de pessoas que realmente possam dar atenção para as reais necessidades dos moradores. Eu gosto muito daqui e do meu trabalho. Inclusive, paguei a faculdade da minha filha com a renda do meu trabalho como costureira. Eu percebi que algumas mulheres aqui não tinham perspectiva nenhuma de crescimento profissional. Então, no primeiro grupo de alunas que montei, cheguei a encaminhar três para o mercado de trabalho. É muito bom ser útil. Eu faço do meu conhecimento uma ponte para mudar a realidade de vida de muitas famílias”, explica Janice, líder do projeto Linhas do Vale.

O espaço de costura é cedido pela Igreja Batista do Vale do Carangola e todos os equipamentos utilizados pertencem a líder do projeto. O ambiente de formação profissional não alterou apenas a realidade financeira de muitas famílias, mas proporcionou segurança para Fernanda superar um processo de luta contra a depressão. “Eu simplesmente não saía de casa. Através do projeto, eu comecei a conversar com outras pessoas e a vivenciar no dia a dia o processo de costura. Foi assim que aprendi a pregar botões, arrematar roupas e vencer a depressão, que me deixava presa em casa. É realmente uma vitória o fato de eu conseguir estar me socializando novamente, vendo que sou capaz de aprender e, além disso, ainda gerar renda. Estou muito feliz”, conta Fernanda Neves, integrante do projeto Linhas do Vale.

Os desafios impostos pela pandemia só agravam ainda mais a vulnerabilidade financeira de muitas famílias da comunidade, pois muitas pessoas que tinham emprego formal, com carteira assinada, foram demitidas, e quem estava na informalidade, encontrou ainda mais dificuldade para conseguir um posto de trabalho.

“A nossa intenção é oferecer o espaço de profissionalização para que tenham a oportunidade de aprender uma profissão e se inserirem no mercado de trabalho. Quando começou a pandemia, as demandas de trabalho que elas vinham realizando cessaram. Então, a UNIFASE teve a iniciativa de somar esforços no projeto, dando abertura para que outras pessoas, que também se interessam em trabalhar no setor têxtil, possam participar. Além da geração de renda, este projeto abre espaço para o protagonismo social. As pessoas se sentem bem trabalhando e tendo condições de suprirem suas necessidades, pois são prestigiadas e valorizadas por aquilo que produzem”, afirma Marcos Gonçalves de Oliveira, pastor da Igreja Batista do Vale do Carangola.

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