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Saúde

Secretaria de Saúde vai ampliar vacinação de acordo com o recebimentos de novas remessas da vacina

Nas últimas duas semanas, Petrópolis recebeu 8.185 doses de vacinas contra o novo coronavírus. O repasse feito pelo Governo Federal foi dividido em duas remessas: 4.905 da CoronaVac e 3.280 da AstraZeneca. As vacinas recebidas no mês de janeiro atendem 27% do público estimado para ser imunizado na primeira fase da campanha, que previa atender 30 mil pessoas. A vacinação do público prioritário garante, de um lado, a manutenção dos profissionais atuando nas unidades de saúde, começando por quem atua em UTIs, urgências e emergências, e, por outro, evita a hospitalização dos idosos residentes em instituições de longa permanência, que têm risco maior de contágio.

“O planejamento original da Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19 do Governo Federal previa a divisão do público prioritário em quatro fases. No entanto, as doses necessárias para a primeira fase não foram enviadas integralmente”, lembrou o prefeito interino Hingo Hammes, explicando que, diante da limitação de doses, a orientação do Ministério da Saúde foi priorizar a aplicação da vacina para profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente no combate ao coronavírus, maiores de 60 anos residentes em instituições de longa permanência e deficientes maiores de 18 anos residentes em moradias inclusivas.

“A campanha de vacinação precisou ser iniciada de forma mais restrita do que esperávamos. Entendemos a ansiedade e preocupação de todos, mas vamos ampliar a vacinação de acordo com o recebimento de novas remessas”, acrescentou o secretário. Segundo ele, a intenção é concluir a vacinação da etapa prioritária e ampliar para os demais profissionais da saúde. “A vacinação prioritária, neste momento, é fundamental para garantirmos o potencial de atendimento nas unidades de saúde, principalmente nas que atendem casos de Covid-19. Ainda estamos com um número crescente de casos e precisamos muito da atuação dos profissionais. Da mesma forma, a vacinação de idosos residentes em instituições de longa permanência é importante para protegermos um público que pode ter complicações”, explicou o secretário de Saúde, Aloisio Barbosa da Silva Filho.

“Vamos seguir rigorosamente as orientações do Ministério da Saúde até que todos os públicos previstos pelo Governo Federal estejam imunizados”, afirmou Aloisio Barbosa, esclarecendo que o município vai utilizar todas as doses recebidas da CoronaVac para, em seguida, iniciar o uso das doses da AstraZeneca.

A chefe de Imunização, Simone Sisnando, explica que existem alguns casos que precisam de autorização médica. “Segundo parecer técnico do Ministério da Saúde, grávidas, puérperas, lactantes e pacientes oncológicos ou em terapia imunossupressora precisam de indicação médica para serem vacinados”, explicou, acrescentando que as reações comuns são dor de cabeça, dor e vermelhidão no local da aplicação e dores musculares.

Simone Sisnando explicou ainda que a imunização completa só estará garantida em torno de 40 dias após a aplicação da segunda dose da vacina. Por isso, os cuidados devem ser mantidos para evitar a contaminação. “A primeira dose não garante a imunização. Todos, mesmo os que foram vacinados, precisam manter todos os cuidados para evitar a contaminação. O uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social devem ser mantidos até que toda a população seja imunizada”, alertou a chefe da imunização.

Médico Luiz Antônio – Hospital SMH

 

No Hospital SMH – Beneficência Portuguesa de Petrópolis, o primeiro imunizado foi o cardiologista Luiz Antônio de Souza, que atua na urgência desde o começo da pandemia. As aplicações ocorreram na quinta (21) e sexta-feira (22), e representam alívio, não só para os próprios vacinados, mas para todos à sua volta, inclusive os pacientes com os quais os funcionários têm contato.

“Estou muito honrado. Vivemos momentos de muita expectativa, ansiedade e até receio a cada plantão, pois, por mais que estejamos devidamente paramentados, há risco. E o risco se estende aos nossos amigos e familiares. Somente a vacina agora será capaz de nos garantir proteção. Vamos vencer essa luta”, afirma o cardiologista.

O Hospital SMH recebeu 224 doses da vacina contra a Covid-19. Elas foram aplicadas em profissionais que frequentam assiduamente os setores onde estão os pacientes com síndrome respiratória aguda grave, com suspeita ou confirmação da doença. São médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, recepcionistas, profissionais que atuam na limpeza, nos laboratórios de coleta de materiais e na realização de exames.

Médico Roberto Damasceno – Hospital unimed

 

Já o Hospital Unimed Petrópolis recebeu da Vigilância Epidemiológica do Município 219 doses. Em dois dias de vacinação, todos os profissionais foram vacinados pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde.

Dentre os profissionais imunizados estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, além de todas as equipes de serviços terceirizados que atuam diretamente com atendimento a urgências e emergências do hospital destinados à Covid-19. A segunda dose da vacina está prevista para ocorrer na primeira quinzena de fevereiro.
 
Considerado símbolo na luta contra a Covid-19, o médico cooperado há mais de 35 anos e plantonista do Pronto Atendimento do Hospital Unimed Petrópolis, Roberto Damasceno foi o primeiro médico a receber a vacina. Desde o início da pandemia, ele não mediu esforços para atuar na linha de frente dos atendimentos a pacientes infectados pelo vírus. Em junho do ano passado acabou contraindo a doença e passou 16 dias hospitalizado em estado grave. Após sua recuperação, retornou ao Hospital Unimed Petrópolis na sua função de médico da emergência e hoje, comemora a chegada da vacina.
 

“Vacinar-se é tão importante quanto manter os cuidados com máscara, distanciamento social e a higiene com álcool ou sabão sempre que necessário. Eu agradeço a oportunidade também de poder agradecer a todos que contribuíram para a minha recuperação. Isso vai ser uma coisa que eu sempre vou ter dentro do meu coração”, disse o médico.

Diferença entre as vacinas

A vacina CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Butantan. De origem chinesa, a vacina foi testada em maiores de 18 anos e utiliza tecnologia de vírus inativado. A segunda dose da vacina deve ser aplicada em no máximo 28 dias após a primeira

A vacina Chadox1 NCOV-19 foi desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford. De origem inglesa, a vacina foi testada em maiores de 18 anos e utiliza tecnologia de adenovírus vetor. A tecnologia empregada foi transferida para a Fiocruz. A segunda dose deve ser aplicada em 90 dias após a primeira.

Um Comentário

  1. Neste momento em que a maior parte da população que está tensa, insegura, cumprindo estritamente o “fica em casa”, é muito importante que tenhamos quanto mais informações e orientações possíveis que possam orientar e acalmar esta boa parte da população que citei acima. O que eu estou sugerindo, é que fosse divulgado qual o número total de funcionários da saúde, idosos e pessoas com necessidades especiais internados, que fazem parte da prioridade deste primeira fase de vacinações. E digo isto, porque assim a grande maioria da população idosa ou não, que está ansiosa para ser vacinada, já teria a informação de que enquanto a cidade não tiver vacinado estas 30 mil pessoas, que é dito que a estimativa inicial da Secretaria de Saúde era vacinar, na primeira fase. Então, tendo esta informação, a população já fica sabendo que enquanto a cidade não tiver recebido um número total de 30 mil doses de vacina, a vacinação continuará sendo a primeira fase. Ainda fica outra dúvida no ar. Se todas as pessoas terão que tomar uma segunda dose em duas semanas, isto significa dizer que enquanto a Prefeitura não tiver recebido as 60 mil doses, e tiver aplicado as duas doses nas pessoas da prioridade da primeira fase, a Secretaria de Saúde não passará a vacinar as pessoas que estão no segundo grupo, que seria a segunda fase de prioridades?

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