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Turismo

Obra de revitalização da Catedral é acompanhada por arqueóloga; confira as novidades previstas no projeto

Oito meses após o anúncio do projeto de revitalização da Catedral São Pedro de Alcântara, as obras finalmente começaram no último mês e nesta semana teve início a escavação na parte externa para identificar o que está causando rachadura numa das paredes laterais. Este trabalho é uma das etapas do projeto de revitalização e Implantação da Galeria de Arte Auto Expositiva, aprovado pelo Ministério do Turismo, e que conta com R$ 13,1 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Todo trabalho de escavação está sendo acompanhado pela equipe técnica sob a responsabilidade do engenheiro Robson Gaiofatto e do arquiteto Douglas Gonçalves. De acordo com o engenheiro, somente após todo o trabalho de escavação será possível definir qual o trabalho que será realizado para resolver o problema, que pode estar relacionado à movimentação de terra devido às chuvas, pois, no local, passava um rio que foi desviado para construção da Catedral.

Além da equipe técnica de engenharia, o trabalho de escavação está sendo acompanhado de perto por uma arqueóloga, Margareth Ferreira Di Palma Queiroz. Como o local é histórico e na época da construção da igreja foi feita muita movimentação de terra, há uma preocupação com a existência de possíveis artefatos arqueológicos. Até o momento, segundo ela, não foi encontrado nada, confirmando apenas que o local foi aterrado para possibilitar a construção da Catedral.

Margareth Di Palma esclareceu que as áreas escavadas durante as obras são os locais “onde podemos observar evidência ou não de material cultural, ou material arqueológico, sendo estes estruturas ou vestígios móveis, como fragmentos de cerâmica, de vidro, de louças, as ferramentas, material lítico, etc, assim como a estratigrafia do terreno e a análise de possíveis ocupações anteriores, ou modificações sofridas no imóvel ao longo do tempo”.

Sobre uma possível paralisação da obra devido a algum achado arqueológico, Di Palma esclarece que isto somente ocorreria, e de forma temporária, no caso de ocorrência de relevantes vestígios arqueológicos, como sepultamento, estrutura ou vestígios de ocupação anterior, devido à necessidade de maior pesquisa e técnica próprias para recuperação desse material e suas informações.

Crédito: @fotografiasemanuel

Sobre a revitalização

Em 2020, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério do Turismo, aprovou o projeto de intervenções, proposto pela Mitra Diocesana de Petrópolis. A execução conta com o apoio do BNDES, que, por meio do BNDES Fundo Cultural, vai investir R$ 13,1 milhões para revitalizar a fachada e os ambientes internos do edifício, além de implementar uma galeria de exposições.

A restauração vai ser dividida em três ações. A parte externa abrange a recuperação da cobertura, do madeiramento estrutural, dos elementos de ornamentação e das calhas; bem como a recolocação das rosáceas. Além disso, as intervenções incluem a modernização da parte elétrica da igreja e a instalação do sistema de combate a incêndio. Também serão realizados o restauro e a requalificação interna, com recuperação de elementos artísticos.

Destaca-se no projeto a implantação de uma galeria expositiva nos dois primeiros pavimentos da torre que antecedem o sino. Nas cúpulas e agulhas neogóticas, serão instaladas uma passarela e telas de projeção, tanto para contar a história da construção do templo quanto para exibir documentos históricos da fundação da cidade. Esta nova área vai viabilizar o acesso do público à torre: no alto dos 70 metros de altura, exibe de forma panorâmica uma das vistas mais impressionantes da cidade. Saiba mais aqui.

 

Fontes: Diocese de Petrópolis, Agência Brasil e Ministério do Turismo

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