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Saúde

Pediatra reforça a importância da vacinação de crianças contra a Covid-19

Nas últimas semanas, o calendário de vacinação contra a Covid-19 em Petrópolis foi ampliado para contemplar crianças de 5 a 11 anos. Agora, todos os públicos podem e devem se vacinar, como explica o pediatra da Unimed Petrópolis, Roberto Audyr.

“A vacinação para crianças já está disponível. Vai ser feita em duas doses e é só se cadastrar no site da prefeitura do nosso município. É muito importante que as pessoas levem seus filhos para vacinar! A pandemia está muito complicada, os casos aumentando bastante. Existem situações de gravidade com Covid em crianças. Crianças podem pegar Covid, podem internar, então é muito importante que todas as pessoas se vacinem. Isso é fundamental!”, alerta.

Roberto explica que a vacina é segura. As doses da Pfizer para adultos e crianças apresentam algumas diferenças, tanto na sua concentração quanto na cor do frasco, com o intuito de evitar possíveis erros. A quantidade de vacina que é feita nos adultos corresponde a 30 microgramas. Já a das crianças corresponde a 10 microgramas.

Em relação às reações à vacina, o pediatra explica que são em sua maioria muito pequenas. As mais comuns são as que já temos conhecimento como dor local, dor muscular e febre. Em relação a efeitos adversos mais graves, ele explica que são extremamente raros e incomuns e muito pequenos comparados aos benefícios que a vacina traz.

Apesar do avanço da campanha de vacinação, ainda é muito importante continuarmos seguindo os protocolos de higiene e prevenção à Covid-19 como o uso de máscaras – se possível os modelos PFF2 e N95 que tem maior poder de proteção –, uso do álcool em gel ou lavagem das mãos com água e sabão e mantendo o distanciamento social.

Além disso, o pediatra faz um apelo para que todos completem o esquema vacinal de duas doses da vacina e a dose de reforço. “É muito importante que as pessoas continuem seguindo esses protocolos. Hoje o que estamos vendo é um aumento absurdo do número de casos, os hospitais estão lotados de pacientes para serem atendidos. Infelizmente a vacina não impede as pessoas de adoecerem, mas com certeza está impedindo de ficarem graves e internar. Então é super importante estar com seu esquema vacinal completo, com as duas doses e o reforço. É muito importante que a população faça a sua parte!”, finaliza ele.

Sobre a vacina para crianças

Pfizer

A autorização para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos veio após uma análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório. Segundo a equipe técnica da Agência, as informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz para o público infantil, conforme solicitado pela Pfizer e autorizado pela Anvisa. 

Para a avaliação da ampliação da faixa etária dessa vacina, a Agência contou com a consulta e o acompanhamento de um grupo de especialistas em pediatria e imunologia que teve acesso aos dados dos estudos e resultados apresentados pelo laboratório. 

O olhar de especialistas externos foi um critério adicional adotado pela Anvisa para que o uso da vacina por crianças fosse aprovado dentro dos mais rigorosos critérios, considerando para isso o conhecimento de profissionais médicos que atuam no dia a dia com crianças e imunização. 

Participaram especialistas da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

A vacina da Pfizer para crianças tem dosagem e composição diferentes daquela utilizada para os maiores de 12 anos. 

A formulação da vacina para crianças será aplicada em duas doses de 0,2 mL (equivalente a 10 microgramas), com pelo menos 21 dias de intervalo entre as doses. 

A tampa do frasco da vacina é da cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e também pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas. Para os maiores de 12 anos, a vacina, aplicada em doses de 0,3 mL, tem tampa na cor roxa.  

A vacina também tem esquema de conservação diferente, já que pode ficar por 10 semanas em temperatura de 2ºC a 8ºC. 

CoronaVac

A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, por unanimidade, o uso pediátrico da CoronaVac. A autorização de uso emergencial para a inclusão de nova faixa etária em bula foi concedida especificamente para o público compreendido entre 6 e 17 anos, crianças e adolescentes não imunocomprometidos, baseada em estudos realizados em diversos países, como China e Chile, e apresentados pelo Instituto Butantan no processo.

Para esse público, a dose aprovada do imunizante, produzido a partir de vírus inativado, é a mesma usada para adultos (600 SU em 0,5 ml), com um intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda aplicação.

No decorrer do processo foram avaliados estudos clínicos de fase I e II, dados preliminares dos estudos de eficácia, segurança e imunogenicidade (fase III) realizados com 14 mil crianças em cinco diferentes países, e de estudos de efetividade (fase IV) realizados com milhões de crianças no Chile. As evidências científicas disponíveis até o momento sugerem que há benefícios e segurança para a utilização da vacina na população pediátrica. A autorização levou em conta, também, a necessidade de ampliar as alternativas disponíveis para essa faixa etária.

No Brasil, até o momento, a análise de causalidade acerca de reações adversas demonstra que a vacina CoronaVac não está relacionada a nenhum óbito dentre os públicos para os quais estava disponível até então e os eventos adversos graves são considerados raros ou raríssimos. Já no cenário internacional, nos países em que a CoronaVac já vem sendo aplicada no público de 2 a 17 anos, os dados demonstram que 86% dos eventos adversos registrados nessa faixa etária são do tipo não graves. Ainda assim, a aprovação para o público de 6 a 17 anos no Brasil foi condicionada ao monitoramento constante e à comunicação dos eventos adversos que venham a ser registrados, além da manutenção de um plano de gerenciamento para minimizar riscos, que contemple a execução de estudos de segurança pós-autorização.

A aprovação foi decidida pela Diretoria Colegiada com base em subsídios técnicos apresentados pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) e pela Gerência de Farmacovigilância (GFARM) da Agência. Durante o processo de análise, também foram ouvidas sociedades médicas ligadas ao tema, como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Essas entidades apoiam a autorização de ampliação do uso da CoronaVac para o público de 6 a 17 anos.

Foram realizadas ainda reuniões técnicas com o laboratório Sinovac (China), com representantes do Ministério da Saúde do Chile e com pesquisadores responsáveis pela condução dos estudos de efetividade (fase IV) naquele país.

*Com informações da Anvisa

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