Concer: Comece pela segurança
Concer: Comece pela segurança
Colunas

[Psicologia ao seu alcance] Encontros e Despedidas

por Flávio Melo Ribeiro

O amor, inevitavelmente, é constituído de encontros e despedidas, e na maior parte não sabemos quando encontramos e nos despedimos. A despedida até pode ser uma escolha unilateral, mas o encontro necessita da escolha mútua. Escuto que a despedida é uma vivência muito difícil, mas na realidade ela é apenas mais dolorida, pois se pensarmos melhor o encontro é muito, mas muito mais difícil de ocorrer. Iniciar um relacionamento implica uma grande somatória de pequenos “encontros”, sem contar com os inúmeros encontros com “outros” que podem afastá-los um do outro. Um relacionamento se inicia com alguma tipo de atração, geralmente física ou comportamental, o problema é que ela precisa ser mútua. As diferenças e afinidades precisam se complementarem e transformar o outro numa pessoa especial que se destaque de todas as outras. Uma vez constituído o amor, ele vai se manter pelo respeito. Não interessa a idade nem a intensidade das carícias e seus desdobramentos, é o respeito que é a “cola” do amor. Mas é a paixão, a atração, o desejo, o toque, que dá o tempero ao amor.

Contudo, a despedida pode ser por causas naturais, um dos dois morre; pode ser por desequilíbrio de um deles (álcool, drogas, agressividade, invasão de privacidade, ciúmes exacerbados), pode ser por traição, por desrespeito ou pode ser por repulsão. Esta ocorre quando a paixão passa, quando percebe que o outro não é mais especial, que não sente mais falta. A tendência é a repulsão ser o foco do relacionamento: as desculpas para não se encontrar passam a ficar frequente, o sexo diminui, o carinho não se transforma em carícia, o calor esfria.

A despedida nessa situação é dolorosa para os dois, sair é tão difícil quanto ficar. Tomar a iniciativa da despedida é lançar-se para o novo sem a certeza do passado, ficar é viver a tristeza e saber que precisa virar a página para tocar sua vida. Se foi você quem ficou, e por um acaso venha a encontrar quem tomou a iniciativa de sair, não interessa como você estiver, apresente-se bem, preferencialmente de uma maneira que o outro pense que foi ele quem perdeu.

E se o outro pede um “tempo” na relação, como agir? Esse vai ser o tema do próximo texto. Até semana que vem!

 

flavio melo ribeiroFlávio Melo Ribeiro é psicólogo, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1988, especialista na área clínica pelo Conselho Regional de Psicologia e especialista em Gestão de Empresa pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atua como psicólogo clínico em seu consultório situado em Florianópolis – SC e presta consultoria às empresas na área de Gestão de Pessoas.

 

 

Leia mais colunas do psicólogo Flávio Melo:

[Psicologia ao seu alcance] Falta de vontade de depressão

[Psicologia ao seu alcance] Gostar de si para gostar do outro

[Psicologia ao seu alcance] Duas perguntas que mudaram uma vida

 

Botão Voltar ao topo
error: Favor não reproduzir o conteúdo do AeP sem autorização ([email protected]).