Foto: site oficial do Castelo de Itaipava
Cenário de novelas, casamentos, festas de formatura, o Castelo de Itaipava chama a atenção de todos que passam pelo Km 56 da BR-040. O único castelo em estilo medieval com um toque normando clássico das Américas foi construído pelo Barão Jaime Smith de Vasconcellos, ficando pronto em 1920, após cinco anos de obras.
São 42 cômodos distribuídos em 19 quartos, salões, bibliotecas, sala de música, halls, duas torres, diversos terrações, dependências para hóspedes, ala dos serviçais e galerias.
O material para construção veio de vários países da Europa. De Portugal vieram os blocos de pedras que foram talhadas por artesãos portugueses; da França, o telhado de ardósia; da Itália, o mármore de carrara, que compõe o piso de vários salões, inclusive o do famoso salão do Zodíaco. As portas e janelas são do mais puro jacarandá, com ferragens inglesas; os vitrais são austríacos e finalizando os principais detalhes, cada porta dos quartos de seus filhos tinha seus nomes gravados em ouro.
Como curiosidade, na primeira metade do século XX, o Barão encomendou uma Limusine com 11 lugares à fábrica Rolls-Royce, onde passou a acomodar seus sete filhos, a Baronesa Anna Thereza, a babá e o motorista. O automóvel também tinha o brasão de armas da família gravado em ouro em suas portas. Em outros detalhes, o Castelo Barão de Itaipava mantém uma torre onde está a cópia do batistério da Catedral de São Pedro.
Você consegue fazer um tour virtual pelo Castelo aqui.
O Castelo São Manoel, por sua vez, fica em Corrêas e foi construído na área que era ocupada pela sede da Fazenda Olaria, fundada no século XVIII e que pertencia ao Padre Correia. Na década de 1920, Oscar de Teffé demoliu a casa de fazenda para erguer o castelo em estilo inglês que leva o nome de seu filho Manoel.
Segundo informações do Guia de Itaipava, mais tarde a Companhia Brasileira Cinematográfica, do empresário Francisco Serrador, comprou a propriedade para transformá-la numa cidade cinematográfica. Porém, devido à falta de patrocinadores, o projeto fracassou. Alguns filmes, no entanto, foram realizados no local, como “Argila”, do diretor Humberto Mauro.
O Castelo São Manoel mantém suas características externas bem conservadas e já foi cenário de produções globais como o seriado O quinto dos Infernos e a novela Eterna Magia.
Também na estrada, mas na altura do km 40, encontra-se o Museu de Armas Ferreira da Cunha, cuja construção é uma réplica de um castelo português do século XII, em estilo medieval, contendo ponte levadiça, fosso, masmorras, galerias subterrâneas e muralhas.
Seu acervo é composto por mais de 20 mil peças de diferentes períodos, como baionetas, armas de fogo, estampas e gravuras com motivos bélicos, insígnias, fardas, entre outros.
O museu foi fundado pelo museólogo e colecionador Sérgio Ferreira da Cunha, descendente do conde da Cunha, em 1957. O museu é particular e não está aberto à visitação pública. As visitações devem ser agendadas.
Já no km 83, no Quitandinha, há o Castelo Country Club, que foi construído nos anos 1930/40 para ser a casa de veraneio de Lourival Lopes Ferreira. A construção possui três torres com coberturas cônicas, recoberta com escamas de pedra ardósia, vitrais de Formenti e painéis em relevo do escultor H. Cozzo.
Na década de 1960, a propriedade foi vendida a um grupo de investidores que o transformou no Castelo Country Club, com novas instalações, adequando o espaço para receber eventos sociais. Hoje, o local é cenário de casamentos, festas de aniversário, entre outros.