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História

Festas juninas: alegria e tradição

Apesar de hoje serem festas católicas, as comemorações juninas antecedem o nascimento de Cristo. Em certa época e durante muito tempo os católicos passaram a associar esta celebração ao aniversário de São João, no dia 24 de junho. Mais tarde, os festejos incluíram os dias de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29).

Ao longo dos anos, cada região do Brasil comemora de um jeito diferente. O que importa é o ingrediente principal: a alegria.

Hoje, as festas juninas são entendidas como uma oportunidade para juntar os amigos e a família para que todos se divirtam. Essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico.

A decoração é feita com bandeirinhas coloridas, confeccionadas com folhas de papel de seda, cartolina de diversas cores ou mesmo, as mais originais feitas de jornal ou folhas de revistas coloridas. Outra coisa que não pode faltar é a fogueira de São João, pois nela se encontra a magia do sentimento festivo. Conta a  lenda católica cristianizando a fogueira pagã  que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.

Os balões serviam para avisar que a festa iria começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança. No entanto, soltar balão constitui atualmente uma prática proibida por lei, devido ao risco de incêndio. Sendo assim, são feitos pequenos balões que ficam pendurados junto com as bandeirinhas.

As comidas típicas dessa festa são o arroz-doce, canjica, cocadas, bolo de fubá, docinhos de amendoim, cuscuz, milho cozido, maçã do amor, cachorro quente e uma variedade de caldos, as bebidas mais famosas são o quentão e o vinho quente.

Para entrar no clima de festa, os homens costumam usar camisa xadrez, calça jeans com retalhos coloridos como se fossem remendos, lenço no pescoço, chapéu de palha, bota e um bigode caprichado e as mulheres usam vestidos de estampas florais com babados e rendas, cabelo com tranças, Maria Chiquinha e amarrados com fita, chapéu de palha, meia calça colorida, batom de cor viva e sardas desenhadas na bochecha.

A sanfona, o triângulo e a zabumba são os instrumentos musicais que em geral acompanham a quadrilha. Também são comuns a viola e o violão.

A música típica das festas juninas é um pouco parecida ao forró, e toca todo tempo, embalando o bate papo dos amigos. São tocadas quase sempre as mesmas, como Pula a Fogueira, Cai Cai Balão, Capelinha de Melão, Pedro, Antonio e João etc.

Há ainda várias brincadeiras como a quadrilha, a pescaria, corrida de saco, o ovo cozido na colher, o correio elegante, e até um bingo, que é apreciado até pelas pessoas mais idosas. A maior atração está na confusão, quanto maior mais divertida se torna a brincadeira.

A dança começa com o casamento matuto em que a noiva quase sempre está grávida e os pais da noiva obrigam o noivo a casar. Este se recusa e se faz necessária a intervenção da polícia. O casamento é realizado com o padre fazendo a cerimônia religiosa e o juiz fazendo o casamento civil, sob as garantias do delegado e seus soldados. A quadrilha é o baile de comemoração do casamento. O enredo é desenvolvido em linguagem alegórica, satirizando a situação, às vezes, em palavreado chulo.

A festa não tem somente o intuito de diversão. Segundo a diretora da escola Santo Antônio, Creunilde Fernandes, localizada no Vale do Cuiabá em Itaipava , a festa junina traz para os alunos uma oportunidade de conhecer a cultura de diferentes regiões do país, além de entender a história dos santos que são festejados durante ao evento. “As crianças aprendem todos os símbolos da festa, como a fogueira de São João, os balões, enfim, há toda uma preparação com os alunos para que esta festa não seja só um momento de diversão, mas que tenha um fim educativo. Outra coisa importante é a conscientização ambiental quando abordamos a questão de soltar balão e as conseqüências que podem gerar”, afirma a diretora.

Como uma forma de entretenimento, as festas juninas agitam as férias da criançada e são passadas de geração em geração, trazendo alegria e diversão para pessoas de todas as idades.

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