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Cultura & LazerEspeciais

Série ‘Tribos’: Rock

Embora o rock tenha ganhado o seu próprio dia mundial  (comemorado no último dia 13) e tenha perdido grande parte do estigma de revolta e protesto que o acompanha desde seus primórdios, o ritmo ainda não ganhou o espaço que merece – e em Petrópolis essa realidade não é diferente.

Ao menos é essa a constatação e opinião dos apreciadores de rock e músicos na cidade. Poucos shows que acontecem em Petrópolis têm os roqueiros como público alvo. Esse empecilho não só deixa sem opções os apreciadores da música, como não abre portas para os músicos petropolitanos. Leonardo Lotti, vocalista e baixista da banda Sun7 Rock, sente isso na pele. E, apesar da falta de espaços propícios a esse tipo de público, o cantor cita o restaurante NuCrepe, em Itaipava, como a casa com a melhor programação para os admiradores do ritmo. A Sun7 Rock homenageia alguns dos principais nomes do rock em suas apresentações, como Beatles, Rolling Stones, Dire Straits, REM, Pink Floyd, Pearl Jam, The Smiths e Elvis Presley.

 

A banda Sun7 Rock em ação.

Bruno Jordão, guitarrista da banda Sob Efeito, concorda. “Infelizmente, Petrópolis carece de um local para o público do rock. Há uns anos existiam alguns lugares, mas de certa forma foram ‘abandonados’ por seus organizadores, vindo a acabar pouco tempo depois”, desabafa.  O músico acredita que a falta de um ambiente específico para o encontro dos amantes de rock dificulta que se conheçam. “A tribo perde o contato”, relata. A Sob Efeito executa grandes sucessos de bandas nacionais e internacionais, como U2 e Beatles, mas também investe no repertório próprio, e se prepara para lançar seu segundo disco. A banda conta ainda com os irmãos Gustavo e Bernardo Cabral (baixo e bateria) e com a vocalista Luana, e já soma nove anos de estrada (ouça no MySpace da banda).

Para os que buscam um lugar ao sol, o jeito é buscar espaço em outras cidades, com uma cena roqueira mais ativa. “Ir para o Rio, Juiz de Fora. Tentar ficar atento a todos os shows nacionais e internacionais que rolam por lá”, Leonardo dá a dica.

Já Bruno defende a realização de eventos pelos próprios interessados – quem faz e curte rock. “Acho que uma grande saída para esse problema seria as bandas locais se unirem mais, e elas mesmas organizarem eventos que divulguem os seus trabalhos. As bandas não podem ficar esperando que outras pessoas façam eventos culturais. Nessa hora, tem que entrar em prática o ‘faça você mesmo’”, sugere.

Vencendo o preconceito

Embora exista com menor intensidade, o preconceito contra a tribo de rock ainda não foi erradicado. O ritmo, aliás, sempre foi polêmico – Elvis, um de seus maiores representantes, chocou a América ao cantar e dançar como um negro. Muito mudou desde que o cantor agitava plateias com “Jailhouse Rock”. No entanto, nem todas as barreiras foram derrubadas.

“Não é difícil encontrar uma pessoa que acha que todos que gostam de rock são drogados, alcoólatras, incultos, vagabundos e vários outros adjetivos pejorativos”, relata Bruno. O guitarrista, porém, é otimista. “Apesar de ser lenta, a mudança desta forma de pensar está ocorrendo”, afirma.

Para Leonardo, o importante é saber diferenciar e não generalizar. “É claro, existem estilos de música pesados e altamente agressivos, mas este conceito não se aplica ao rock em geral”, diz.

A música e a internet

O impacto da internet na música é visível. Com a proliferação dos downloads, as vendas de CDs caíram drasticamente. Para Leonardo, essa revolução no modo de consumir música mudou também a dinâmica do artista em relação ao mercado. “O artista tem que batalhar muito para conquistar o seu espaço nos meios de comunicação. Antigamente, era o mercado que procurava os artistas, e hoje acontece exatamente o contrário – são os artistas que procuram este mercado. Até porque as gravadoras estão em crise. A Internet, apesar de facilitar muito a nossa vida, acabou por prejudicar os artistas. O público deixa de comprar CDs, as gravadoras acabam ficando sem verba para lançar novidades e pior ainda, sobra muito pouco para investir nos artistas já contratados por ela”, analisa, destacando que, embora facilite a divulgação, a rede muitas das vezes não contribui para o sustento financeiro de uma banda.

Já Bruno vê a influência da internet de forma positiva, pois abre portas para músicos que não têm espaço na mídia convencional. “O mercado tem crescido muito. Com isso, muitas bandas boas e ruins surgem, e cria-se uma outra categoria de banda bem sucedida. Hoje já existem bandas que não estão na mídia televisiva mas são muito conhecidas na internet, e isso é extremamente válido”, avalia. Mas admite: “Para músicos que possuem gravadora, a internet não ajuda tanto, pelo fato de os downloads gratuitos serem a forma mais usada para as pessoas adquirirem músicas”, diz.

6 Comentários

  1. Bom Léo, eu fiz minha parte e comprei os 2 cds originais do B5 hehehehe

    A nova banda dele, a Sun 7 Rock deve ser excelente, fiquei curiosa para conferir um show deles. Eles tem algum site?

    Muito boa a matéria =)

  2. Eles tem facebook e pelo que ouvi a banda dele é muito boa.
    Quando tiver show da Sunset Rock aviso a todos por aqui =)

  3. estou querendo fazer um evento,proucuro uma banda para participar conosco.

  4. Olá Marianne. Respondendo a sua pergunta: A banda está nas redes sociais Facebook e Orkut para a divulgação das datas dos shows. O próximo será nesta Sábado no Nucrepe. Disponibilizam um CD com 12 faixas que você pode adquirir nos shows por um preço bem em conta. Att.

  5. LÉO , EU PAULINHO , SOU SEU FÃ . LÉO , EU ACHO VOCÊ UM RAPAZ LINDO , GOSTOSO E MARAVILHOSO ,

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