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Educação

Livro “Profetas do Passado” é lançado na Casa de Cláudio de Souza

Nesta sexta-feira (26), a Casa de Cláudio de Souza recebe o lançamento do livro “Profetas do Passado”, da atriz e jornalista Jalusa Barcellos, às 19h. O livro tem prefácio de Fernando Gabeira, orelha de Bibi Ferreira e capa de Aroeira.

De acordo com Jalusa, “foram três meses de preparação: lendo e relendo matérias nos veículos de comunicação, nos artigos de revistas acadêmicas, nos lançamentos editorais sobre a política brasileira; buscando, enfim, nas mais diversas publicações, tudo o que pudesse conduzir a novos questionamentos. Em cima disso, aliás, abro um parêntese, aqui, para reafirmar o óbvio: em nenhum momento, este livro tem a pretensão de esgotar ou fechar discussão a respeito de qualquer questão. Até porque, se há um fecho para estes ‘Profetas’ é o de que aqui, estão retratadas, generosamente – e em alguns casos, até apaixonadamente –, vinte e oito singulares versões do presente momento político nacional”.

A autora afirma ainda, que a ideia é que o livro tenha apenas “um lado”, que é posicionar-se a favor da ética e da cidadania. “Mas percebi que era quase impossível abordar qualquer questão, sem incluir, obrigatoriamente, o Partido dos Trabalhadores. Protagonista principal de nossa cena política há mais de uma década, tudo passa pela sua atuação: seja no plano partidário, seja no plano governamental, seja no plano institucional, seja no plano ideológico.

No prefácio, do livro, o ex-petista Fernando Gabeira, dá o tom do livro: “No auge de uma das maiores crises de nossa história, a jornalista Jalusa Barcellos resolveu interrogar os intelectuais: como descrever nossa situação, como chegamos a ela, quais são os passos necessários para superá-la? Essas perguntas são fundamentais, mas, normalmente, acabam sendo acrescidas a outras. No entanto, a participação dos intelectuais tem um papel decisivo: ela nos ajuda a colocar as perguntas certas, amplia nosso horizonte, ajuda a não desesperar, e não desesperar significa manter a cabeça fria, abrir-se para as possibilidades de superação, sem preconceitos.”

“Profetas do Passado”, como dito, apresenta 28 entrevistados. Neste rol, há nomes da cultura, da economia, da academia, do direito, da história, etc. Entre eles, estão, por exemplo, o professor e economista Carlos Lessa que, em sua entrevista, detalha as razões pelas quais o ex-presidente Lula o demitiu do posto de presidente do BNDES, no primeiro mandato do petista à frente da presidência do Brasil. Entre as mulheres, além de Bibi Ferreira, que escreveu a orelha, com a gratidão de, como cidadã, fazer parte deste “concílio de ideias”, estão a acadêmica Rosiska Darcy de Oliveira e Fernanda Montenegro, uma das maiores, se não a maior atriz brasileira em atividade, aos 86 anos. Para ela, “o PT, hoje, é uma esquerda envergonhada. Todos se intitulam de esquerda, mas são todos de direita”.

O livro traz, ainda, um ex-integrante do ministério petista, Frei Betto. Hoje autointitulado como um “ING”, (indivíduo não governamental). Temas como Mensalão, Lava-Jato e Impeachment são recorrentemente abordados pelos profetas. E sobre este tema, Frei Betto diz não acreditar num Impeachment por, segundo ele, “ter contato, também, com gente de direita”.

Do outro lado da trincheira, o senador José Serra, adversário dos petistas no pleito de 2010, profetiza e alfineta em sua entrevista: “Eu tinha certeza absoluta que nossa derrota na eleição iria abrir caminho para uma crise sem tamanho. Não por que fomos nós que perdemos, mas por que ganhou o ruim, o fraco, o despreparado”.

A autora, que conseguiu ainda, a confissão de voto de praticamente todos os seus entrevistados, finaliza: “O Brasil nunca mais será o mesmo depois da Lava-Jato… E nossos ‘Profetas’ seguem por aí, sempre pródigos em suas análises… Ao ressaltar tudo que aprendi nestes doze meses de ‘profético estudo’, e propondo que se vá ao encontro destas entrevistas, permitindo-nos uma desarmada e isenta leitura, gostaria de reafirmar duas proposições: de que só a consciência política iguala o homem, e de que nunca esqueçamos que só é possível projetar o futuro, se houver um compromisso ético com o presente, que advém, justamente, de tudo que aprendemos com o passado…”

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