Na tarde desta quinta-feira (1º), servidores municipais se uniram numa manifestação pelo Centro da cidade para reivindicar o 13º salário. O movimento foi convocado pelo Sindicato dos Profissionais da Educação – Sepe Petrópolis, mas abrange várias categorias do funcionalismo como Saúde, Cultura, Guarda Municipal, aposentados e até mesmo Comdep, empresa responsável pela coleta de lixo da cidade. A concentração teve início às 14h, na Praça Dom Pedro, e de lá os trabalhadores percorreram a Rua do Imperador, Rua Paulo Barbosa, Rua da Imperatriz, seguindo para a Câmara dos Vereadores e de lá, para a sede da Prefeitura, na Av. Koeler.
Servidores da Educação informaram que as notas dos alunos, relatórios das crianças e conselhos de classe só vão acontecer quando receberem o 13º salário. Também está prevista uma nova paralisação na próxima terça-feira (6), com concentração às 14h, na Praça Dom Pedro.
A Comissão dos Servidores Públicos da Câmara de Vereadores acompanha a crise financeira nas contas públicas municipais e o não pagamento do 13º salários ao funcionalismo. “Temos compromisso com o servidor público. Tivemos uma longa batalha para a incorporação de benefícios aos salários de mais de 700 pessoas e já tínhamos alertado a prefeitura sobre a inadequação de um reajuste parcelado que transferiu para janeiro, já dentro de outro exercício e outro governo, a responsabilidade de arcar com 6,2% de acréscimo para o funcionalismo. E hoje, estamos falando em uma crise financeira da prefeitura que afeta diretamente 45 mil pessoas considerando 12 mil famílias de servidores”, apontou o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Igor.
Nesta semana, a prefeitura informou que o pagamento do 13º salário será adiado, ficando para o início de 2017. Desta forma, nesta última quarta-feira (30), o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Petrópolis (Sisep) se reuniu com o prefeito Rubens Bomtempo, para falar sobre a ação judicial impetrada pelo sindicato com o objetivo de garantir o 13º salário dos servidores.
Os representantes do Sisep solicitaram ao município informações sobre o valor da folha de pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário requeridas pela 4ª Vara Cível de Petrópolis, em resposta à ação de tutela provisória antecipada movida pelo sindicato que solicita o arresto das contas do município. Na ação, o sindicato pede à justiça o arresto dos recursos depositados em contas vinculadas (cujas verbas são carimbadas), de forma a garantir o pagamento do abono.
Na ocasião, Bomtempo destacou que “se a solução para que o 13º salário seja pago for pela via judicial, não vamos criar obstáculos, ao contrário do Governo do Estado, que deu um calote em Petrópolis e entrou com recurso impedindo que o município recuperasse parte da parcela que tem direito a receber.”
Já o Sindicato dos Fiscais Municipais de Petrópolis (Sindfisc) também anunciou, em nota oficial, que vai buscar a justiça para o pagamento dos vencimentos. Na publicação, o Sindfisc lamentou que propostas para incrementar a fiscalização e a arrecadação da prefeitura apresentadas por anos seguidos não foram levadas em conta pela atual administração.
O presidente da Comissão dos Servidores públicos na Câmara de Vereadores, Reinaldo Meirelles, vê com preocupação a crise financeira da prefeitura. “O reajuste da data-base foi parcelado em duas vezes com 2,34% de reajuste em julho e 6,24% somente em janeiro de 2017. O governo já anunciou que não pagará o 13º salário e o funcionalismo está apreensivo sobre o não pagamento dos vencimentos de dezembro. Vamos acompanhar e oficiar a prefeitura sobre os pagamentos deste final de ano”, afirmou.
Pela manhã, pontos turísticos e a Fundação de Cultura e Turismo já estavam com cartazes questionando aonde está o 13º dos servidores. Confira registros da paralisação desta quinta-feira:
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