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Cultura & Lazer

Caetano Veloso se apresenta pela primeira vez em Petrópolis

O aguardado show de Caetano Veloso, um dos mais importante nomes da MPB de todos os tempos, aconteceu na última sexta (29), no Sesc Quitandinha, na abertura do Festival de Inverno. Nem o frio intenso foi capaz de afastar o público, que lotou os 1104 lugares do Teatro Mecanizado para prestigiar a primeira apresentação do baiano em Petrópolis.

O show começou por volta das 21h, e logo que as cortinas se abriram, Caetano, sozinho no palco com seu violão de cordas de nylon, disparou “Luz do Sol”, o primeiro sucesso da noite, demonstrando de cara toda a beleza da voz que é reconhecida mundo afora.

Na sequência, o sorridente músico desfilou seu talento com “Os passistas” e “Índio”. A canção seguinte foi “Meu bem, meu mal”, que fez a plateia suspirar com os trechos “Você é meu caminho / Meu vinho, meu vício”. Falando em vinho, havia uma taça com a bebida ao lado do cantor, mas que não foi degustada uma única vez.

Vieram então “Esse cara” e uma sequência de três hits que foram acompanhados a plenos pulmões pelo cada vez mais entusiasmado público: “Leãozinho”, “Menino do Rio” e “Terra”. Era quase impossível não se deixar levar pela voz desse ícone da música brasileira, que, aos 75 anos, ainda soa com a mesma precisão de 40 anos atrás, afinadíssimo, colocando cada nota em seu devido lugar.

O show continuou com “Minha voz, minha vida” e depois foi a vez de “Cuccuruccu Paloma” (música em espanhol que esteve na trilha do filme “Fale com Ela”, de Pedro Almodóvar). Este foi um momento engraçado da apresentação, pois Caetano disse que estava na dúvida se a tocava ou não e após uma breve pausa e um sorriso no rosto, satisfeito com sua performance, soltou um “gostei” típico do baiano.

Em seguida, Caetano tocou “Reconvexo” e uma de suas mais famosas, a inesquecível “Sampa”, que no trecho “o povo oprimido nas vilas, nas filas, favelas” instigou um grito de “Fora Temer” em parte da plateia. Ao final da canção, o músico, que se declara de esquerda e também é conhecido por seus posicionamentos políticos, repetiu “Fora, Temer” algumas vezes e ainda falou “não sei como aguentam esse cara”.

Ainda vieram “Tá Combinado”, em que Caetano cantou um trecho, parou, disse achar uma letra muito linda e voltou a cantá-la, e duas canções de sua autoria que ele afirmou serem “emblemáticas e profundamente representativas do Tropicalismo”: a primeira, que se chama “Enquanto seu lobo não vem”, foi feita em 1968 para falar das passeatas e manifestações contra a ditadura militar; e “A voz do morto”, do mesmo ano, que Caetano escreveu para Aracy de Almeida, para denunciar a patrulha ideológica em torno da necessidade de alguém “salvar o samba”.

Como se tanta música boa não bastasse, foi a vez “Abraçaço”, um dos sucessos mais recentes do cantor, “Branquinha” e uma sequência que arrebatou o público de vez: “Sozinho”, “Força estranha”, “Tigresa” e “Desde que o samba é samba”, além de “A luz de Tieta”, quando Caetano se levantou, pediu a plateia para acompanhar na voz e nas palmas e saiu do palco.

O público, que a essa hora já aplaudia de pé, aguardou o bis e ainda foi brindado com “Podres poderes” e “Esse papo”. E assim terminou o show de quase 90 minutos, deixando a certeza de que valeu a pena esperar tanto tempo por Caetano em terras petropolitanas. E já fica a expectativa por mais uma inesquecível apresentação desse monstro sagrado da nossa música.

Veja abaixo alguns trechos do show:

Caetano Veloso canta “Leãozinho” no Sesc Quitandinha #festivalsescdeinverno #aconteceempetropolis #petropolis #caetanoveloso

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Caetano canta Força Estranha no Festival Sesc de Inverno #aconteceempetropolis #petropolis #caetanoveloso #festivalsescdeinverno

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