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Ambiente

Coleta seletiva recolhe 60 toneladas de material reciclável por mês em Petrópolis

Em Petrópolis, cerca de 60 toneladas de materiais como plástico, papel, metal e vidro em seis bairros feito “Porta a Porta” e mais três com a coleta eventual são recolhidos por mês. Já nos ecopontos da Mosela e de Itaipava, foram 40,5 toneladas recebidos de janeiro a junho com quase 1,2 mil participantes do programa.

Atualmente, a coleta seletiva do programa “Porta a Porta” é feita com três caminhões e um roteiro que atua em Bingen (segunda), Mosela (terça), Valparaíso (quarta), Morin (quinta), Alto da Serra (sexta) e Bairro Castrioto (sábado).

“Quem mora nesses bairros precisa apenas separar o lixo orgânico do lixo seco, ou seja, não pode misturar, por exemplo, alimentos com papel, plástico, vidro e metal. No dia em que a coleta passa no bairro, basta deixar o material que vai ser reciclado no portão de casa que o caminhão vai coletar e levar para o Centro de Reciclagem de Cascatinha”, explica o presidente da Comdep, Wagner Silva. Em Cascatinha, esse material passa por triagem e é separado pela cooperativa Deus na Guerra. Outras cooperativas também podem receber esse material.

Materiais como garrafa pet, caixinha de leite, pote de manteiga, latinha de bebidas, entre outros que armazenam alimentos podem ser deixados para a coleta seletiva. Para isso, basta lavar essa embalagem com água antes do descarte. Se esses materiais ainda tiverem resíduos de alimentos, podem acabar sendo danificadas pelo mofo ou alguma bactéria. A única exceção é o óleo de cozinha, que também pode ser reaproveitável.

“Existe uma maneira bem simples de saber se algum material pode ser reciclável: é só procurar na embalagem um desenho com três setinhas, uma apontando para outra. Esse é o símbolo da reciclagem e todo material que pode ser reaproveitável, por lei, tem que ter essa indicação”, conta a coordenadora de educação ambiental da Comdep, Jussara Gatto Justen. As três setas significam o percurso desse material no planeta: a indústria que fabrica o produto; o consumidor que faz o uso dele; e o retorno desse resíduo para a cadeia produtiva (através da reciclagem).

Além do Porta a Porta, também existe a coleta eventual, que acontece no Centro, em Corrêas e Araras em dias alternados.

Tempo de decomposição

 A coleta seletiva e a reciclagem têm um duplo impacto ambiental. Primeiro porque o material descartado da maneira correta não degrada o meio ambiente. E segundo porque o reaproveitamento dele reduz a necessidade de consumir os recursos naturais.

O papel descarte de maneira incorreta demora três meses para se decompor completamente. Já quando é reaproveitado corretamente, com 50 kg é possível poupar uma árvore.

Alguns tipos de plástico podem demorar 450 anos até se decompor. Com a reciclagem de 1 tonelada desse material, é possível economizar milhares de litros de petróleo.

O alumínio leva mais de 1 mil anos até o processo final de decomposição. No entanto, 1 tonelada que for reaproveitada diminui em 5 toneladas a quantidade de minério extraído.

Já o vidro, com tempo de decomposição de 1 milhão de anos, consegue poupar, a cada tonelada reciclada, 1,3 tonelada de areia.

“Ainda há outros benefícios quando a população faz a coleta seletiva e a reciclagem, como a melhora da limpeza das ruas e bairros, a redução da poluição de solo, água e ar, a oportunidade de gerar emprego e renda com a comercialização desses materiais recicláveis. Fazer a coleta seletiva e a reciclagem traz inúmeras vantagens para o mundo”, ressalta o diretor técnico-industrial da Comdep, Marcos Albuquerque.

Em Petrópolis, coleta seletiva também reduz a conta de luz

 A cidade tem dois ecopontos de coleta seletiva em que qualquer pessoa pode levar o material reciclável e ainda obter descontos na conta de luz. O programa é mantido em parceria entre a Comdep e a Enel Distribuição Rio. A concessionária fica com os materiais que podem ser reciclados e, para isso, faz o abatimento dos valores de acordo com uma tabela fixa. A recepção desses materiais e o cálculo do desconto é feito por funcionários da Comdep.

Para participar, basta levar os materiais no ecopontos da Mosela – Rua Mosela, sem número, em frente à Cruz Vermelha (segunda a sexta, de 7h30 e 16h30) – ou do Parque Municipal de Itaipava – Estrada União e Indústria, 10.000 (todos os dias, de 8h às 17h). Na primeira vez, é só levar uma conta de luz que o cadastro é feito na hora e a pessoa recebe um cartão. Cada vez que o material for entregue nos ecopontos, basta levar o cartão que o desconto é computado e vem na próxima conta que receber.

Até julho, a Mosela tinha 942 participantes e 24 toneladas recolhidas. Já em Itaipava, eram 247 e 16,5 toneladas entregues.

Os ecopontos recebem papel e papelão; garrafas de plástico de refrigerante (garrafas pet); latas de cerveja e refrigerante; embalagens tipo longa vida; embalagens de vidro (garrafas de cerveja, refrigerantes, copos, vidro de café solúvel, aguardente, etc); ferros em geral; plásticos (embalagens de detergente, água sanitária, margarina, copos, etc).

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