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Ambiente

Agrotóxicos são detectados na rede de abastecimento de água de vários municípios brasileiros

Recentemente, uma matéria publicada no site Por trás do alimento revelou números alarmantes sobre a presença de um coquetel que mistura diferentes agrotóxicos na água consumida em 1 a cada 4 cidades do Brasil entre 2014 e 2017. Nesse período, as empresas de abastecimento de 1.396 municípios detectaram todos os 27 pesticidas que são obrigados por lei a testar. Desses, 16 são classificados pela Anvisa como extremamente ou altamente tóxicos e 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, malformação fetal, disfunções hormonais e reprodutivas.

Em Petrópolis, foram detectados 27 agrotóxicos na água potável da cidade, destes 11 associados a doenças crônicas como câncer, defeitos congênitos e distúrbios endócrinos.

O Ministério da Saúde diz que a vigilância sanitária dos municípios e dos estados deve dar o alerta aos prestadores de serviços de abastecimento de água para que tomem as providências de melhoria no tratamento da água.

Em nota, a Águas do Imperador informou que em conformidade com o Ministério da Saúde, através da Portaria de Consolidação Nº 5, anexo XX de 28 de setembro de 2017, são realizadas, semestralmente, análises de monitoramento em todos os sistemas de abastecimento. As análises contemplam 94 parâmetros, dentre eles os agrotóxicos e herbicidas citados na pesquisa, respeitando os limites estabelecidos na Legislação Brasileira.

“Além disso, são realizadas análises mensais de parâmetros físico-químicos e bacteriológicos por laboratórios de controle com sistema de gestão baseado na ISO 17.025/17. Os relatórios com os resultados da qualidade da água são enviados mensalmente ao Ministério da Saúde e também disponibilizados à Vigilância Sanitária Municipal, não havendo comprometimento da qualidade da água distribuída pela empresa”, reforça a concessionária.

Até o fechamento desta matéria, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente ainda não havia se pronunciado sobre a pesquisa.

Em um esforço conjunto, a Repórter Brasil, a Agência Pública e a organização suíça Public Eye fizeram um mapa interativo com os agrotóxicos encontrados em cada cidade, como pode ser conferido abaixo. O mapa revela ainda quais estão acima do limite de segurança de acordo com a lei do Brasil e pela regulação europeia, onde fica a Public Eye.

A matéria completa pode ser vista aqui.

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