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Ambiente

Câmeras do Parque Nacional da Serra dos Órgãos filmam animais silvestres durante a quarentena

Enquanto a humanidade atravessa apreensiva a pandemia da Covid-19, por outro lado, a fauna silvestre dá sinais de que está reagindo de modo mais positivo. Em vários países vem surgindo registros, em fotos e vídeos, do aumento da circulação de animais silvestres em áreas urbanas, do clareamento das águas de baías e canais, da redução da poluição atmosférica em grandes cidades e do incremento de registros de animais silvestres em áreas protegidas.

Em Veneza, na Itália, por exemplo, as águas estão mais claras e até é possível ver peixinhos nos canais. Com a redução de poluição na Índia, o Himalaia voltou a ficar visível após quase 30 anos.  E no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), localizado na região serrana do Rio de Janeiro, é possível ver animais silvestres circulando pelas trilhas nesta quarentena.

Desde 2010, o Parque monitora a ocorrência de médios e grandes mamíferos com auxílio de armadilhas fotográficas (“máquinas” fotográficas digitais com sensores térmicos e de movimento que, instaladas pelos biólogos nas árvores, são acionadas quando animais de médio e grande porte passam próximos a elas). Com o regime de quarentena instaurado em razão da pandemia, o Parnaso – assim como todas as unidades de conservação federais – está fechado à visitação pública. Neste contexto, a equipe do Parque, sob coordenação da analista ambiental Cecília Cronemberger de Faria, idealizadora deste projeto de monitoramento, vem instalando armadilhas fotográficas nas trilhas mais utilizadas pelos visitantes, que, agora, estão desertas.

Desertas, contudo, apenas em relação à passagem de pessoas. A fauna silvestre, ao contrário, parece estar aproveitando a maior “privacidade” e vem desfilando com maior frequência pelas trilhas, sob o olhar atento das lentes. Desde o início da quarentena foram realizados três registros de onças-pardas (Puma concolor) – incluindo o registro de mãe e filhote caminhando pela mesma trilha-, vários registros de cachorros-do-mato (Cerdocyon thous), além de registros de outros animais, como gato-do-mato (Leopardus sp), irara (Eira barbara) e furão (Galicitis cuja), em trilhas que normalmente recebem entre 500 e 1000 pessoas por mês.

O Parnaso tem sede em Petrópolis, Teresópolis e Guapimirim.

 

*Com informações do Parnaso

Um Comentário

  1. Boa tarde.
    Esta onça parda parece ferida na testa. Ela pode, ao procurar comida, entrado em contato com humanos proprietários das imediações e pode ter sido ferida na cabeça. Parece que há um dano também no seu olho esquerdo. Peço a todos os proprietários do entorno do parque que entendam as características e necessidades destes animais. Vamos proteger este patrimônio para as gerações futuras. Abraço.

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