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Cultura & Lazer

Livro do Museu Imperial é um dos finalistas do Prêmio Jabuti 2023

Concorrendo na categoria “Artes”, o livro “O Olhar Germânico na Gênese do Brasil” é um dos finalistas do Prêmio Jabuti 2023. A obra, lançada em 2022, acompanha a exposição homônima, realizada no Museu Imperial, organizada pelos curadores da mostra Maurício Vicente Ferreira Júnior, diretor do Museu Imperial, e por Rafael Cardoso, historiador de Arte. A edição bilíngue, em português e inglês, conta com 282 páginas ilustradas e com o patrocínio da Unipar, através da Lei de Incentivo à Cultura.

Composto por uma seleção de 200 obras que reconstroem parte da contribuição germânica (alemães, austríacos e suíços) na formação cultural do Brasil do século XIX, o livro apresenta gravuras, desenhos, mapas, livros de viagem e objetos, que integram a preciosa Coleção Geyer, considerada a maior brasiliana constituída por mãos particulares no país. A coleção e a Casa Geyer, no Rio de Janeiro, foram doadas, pelo casal Maria Cecília (1922–2014) e Paulo Geyer (1921–2004), em 1999, ao Museu Imperial, em Petrópolis.

O livro também apresenta as contribuições, segundo os temas: “Em busca do olhar germânico”, escrito por Maurício Vicente e Rafael Cardoso; “Luz, minúcia, transferências artísticas e beleza alegórica da natureza. A propósito de algumas obras de pintores viajantes alemães no Brasil do século XIX”, por Lucile Magnin; “Entre o golpe do punhal e o gosto do veneno: Ferdinand Pettrich e o nascimento da estatuária no Brasil”, por Fábio D’Almeida; “Emil Bauch, Ferdinand Keller, Friedrich Steckel, Georg Grimm: quatro artistas alemães, quatro papéis artísticos à mostra nas exposições gerais da Academia Imperial de Belas Artes”, por Fabriccio Miguel Novelli Duro; “A Casa Leuzinger e o olhar germânico sobre a paisagem brasileira”, por Amanda Tavares e Vitor Gomes.

O presente livro dedica-se a decifrar um desses enigmas: o porquê da abundância de obras produzidas por artistas de origem germânica. O senso comum pode descartar a pergunta com explicações simples: porque o casal Geyer gostava de artistas alemães, porque era uma espécie de reencontro com o passado europeu da família, porque era o que havia no mercado para comprar… Porém, tais evidências não satisfazem a curiosidade histórica. O desejo da historiadora e do historiador era de interrogar os documentos e artefatos para tentar dimensionar as correntes profundas que subjazem os relatos estabelecidos, como já ensinaram mestres da historiografia mundial. A forte representatividade de artistas de língua alemã na Coleção Geyer constitui, portanto, um dado a ser problematizado”, sintetiza Maurício Vicente Ferreira Júnior.

Os vencedores do Prêmio Jabuti 2023 serão apresentados ao público no dia 5 de dezembro, no Theatro Municipal de São Paulo. A premiação, referência entre os prêmios literários do país, está em sua 65ª edição e se mantém relevante, valorizando a literatura nacional.

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