Coerência e convicção são características facilmente identificáveis em poucos minutos de conversa com a candidata a Deputada Estadual pelo PSOL, Ester Mendonça. Percebe-se rapidamente que seu discurso não é um discurso meramente político, mas sim, um discurso de alguém que realmente acredita no que faz, que realmente acredita que através de seu trabalho pode realizar mudanças significativas nas vidas das pessoas.
Ester começou a construir sua trajetória no caminho da política muito cedo. Na adolescência, viveu a época da ditadura e o que mais a incomodava era o fato de as pessoas não terem direito de expressar pensamentos e opiniões, e de viverem de maneira desigual e injusta. “Minhas primeiras lutas de que tenho lembrança são por liberdade, pois vivíamos um período muito duro, no qual as pessoas não tinham liberdade e direito a nada”, explica a candidata. Ela ainda diz que o bem maior do ser humano é a liberdade, sem a qual ninguém pode viver. Ester também fazia parte de um grupo na Igreja Católica que realizava trabalhos sociais de inclusão na comunidade local. A partir deste momento, nunca mais deixou de exercer sua cidadania.
Além de trabalhar como assistente social e guia de turismo, Ester é professora, e, como funcionária pública, sabe das dificuldades que os servidores enfrentam. Por isso, foi uma das líderes do movimento que (recentemente) lutou pelo ajuste salarial e condições melhores para os servidores públicos.
Dentro do contexto político, Ester foi uma das fundadoras do PT (Partido dos Trabalhadores), partido do qual fez parte durante alguns anos. Após deixar o PT, Ester ficou sem partido até decidir entrar para o PV (Partido Verde), onde atuou como dirigente.
Atualmente, Ester é presidente do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) em Petrópolis, e explica que os motivos que a fizeram escolher este partido foram a proposta para a sociedade, o caráter e a ética.
Antes de expor suas propostas, Ester explica o que um candidato a Deputado Estadual deve fazer, como por exemplo, aprovar, priorizar e fiscalizar o envio de verbas, apresentar projetos, emendas e leis.
Sempre lutando pela igualdade, liberdade e justiça social, a candidata deixa bem claro que suas metas permanecem as mesmas, buscando atuar em defesa do trabalhador e do servidor público, valorizando seu trabalho; apresentando projetos de interesse popular, atuando junto aos movimentos sociais para saber sobre suas necessidades e, assim, atendê-las; debatendo e votando o orçamento estadual conforme o interesse da sociedade, criando leis que visem ampliar o direito a saúde, educação e transporte de qualidade; promovendo o desenvolvimento sustentável, etc.
Quando perguntada sobre as dificuldades encontradas para divulgar a campanha, Ester explica que é um sistema muito desigual. Ela acredita que uma das soluções para tornar a campanha justa e acabar com excesso de dinheiro gasto apenas em propaganda política seria o Estado patrocinar a campanha dos candidatos. Devido a várias dificuldades, sua campanha funciona no “boca-a-boca”. De maneira simples e criativa, a candidata tenta “chegar” ao eleitor e expor suas propostas em contato direto. Através de doações dos cidadãos, Ester promove a campanha da maneira que pode: distribuindo folhetos e informativos, além de usar a internet para promover sua campanha e manter o contato com os eleitores. “Tenho recebido vários recados e depoimentos positivos em relação à minha campanha através da internet”, conta.
Apesar das dificuldades, a candidata vê um resultado significativo no decorrer da sua campanha, e espera que, apesar da desilusão das pessoas em relação à política, os eleitores acreditem que através do voto a realidade pode ser modificada.
